O trabalho de investigação que trouxe a público os esquemas de lavagem e ocultação de património já começou a ter consequências um pouco por todo o mundo.
As autoridades de países como França, México, Costa Rica e Austrália são apenas algumas das que já anunciaram que estão a investigar o caso.
François Hollande, presidente francês, declarou hoje que vão ser realizadas investigações e que os implicados serão julgados.
Citado pela Bloomberg, Hollande sublinhou: “vão ser abertos processos e vai haver julgamentos”.
Também Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos, garantiu que as notícias são uma excelente arma de combate à evasão fiscal.
Já a autoridade tributária da Austrália anunciou que está a investigar mais de 800 clientes de um escritório de advocacia do Panamá por suspeitas de evasão fiscal. Ao diário The Australian Financial Review, explicam: “Identificámos mais de 800 contribuintes e ligámos mais de 120 deles a um fornecedor associado de serviços de Hong Kong”.
De acordo com a Lusa, Johan Van Overtveldt, ministro das Finanças da Bélgica, decidiu criar uma comissão para investigar a eventual fuga aos impostos de mais de 700 belgas.
A lista é extensa e os implicados naquele que será um dos maiores casos de corrupção mundiais constam dos muitos milhões de páginas de dados a que o jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” teve acesso e que o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI) divulgou. Estão em causa pagamentos de cerca de dois mil milhões de dólares.