Pinto da Costa deita a toalha ao chão

Presidente portista assumiu em entrevista ao “Porto Canal” que perdeu a paciência. E deitou a toalha ao chão relativamente à época: “Acabou”.

Pinto da Costa admitiu que o clube “bateu no fundo” e que se sentiu “envergonhado” no final do jogo com o Tondela, em entrevista na quinta-feira à noite ao Porto Canal". 

O presidente do FC Porto diz estar ao lado dos adeptos na altura da contestação às más exibições e falou na sua recandidatura à presidência do clube.

“A contestação sentia-a no final do encontro entre o Porto e o Tondela e naturalmente a compreendo, porque, como adepto do Porto, foi o dia em que me senti mais envergonhado com uma exibição do Porto. Como adepto, junto-me a todos aqueles que protestaram. Aceito e compreendo”, justificou o líder portista.

Pinto da Costa lembrou que o técnico “tem contrato por ano e meio”.

“Tem as suas limitações, sobretudo neste plantel, é o inconveniente de pegar numa equipa a meio da época. Teve de trabalhar à pressão, jogando jogo a jogo. Quero as equipas a jogar à Porto e isso vai acontecer no próximo ano. Vamos jogar para ganhar. Agora há casos em que não nos deixam ganhar. A determinação tem de ser esta. A continuidade de José Peseiro não tem nada a ver com a Taça de Portugal”, destacou, mas não deu como certa a permanência do treinador português na próxima temporada.

"Já disse aos jogadores que a época acabou. Temos seis jogos de preparação para ganahr a Taça", disse Pinto da Costa referindo-se aos jogos que ainda faltam para o campeonato, soltando o véu sobre a temporada que aí vem. “Está determinado que Rafa (a jogar na Académica) vai integrar o plantel, assim como Otávio (emprestado ao Vitória de Guimarães). Temos apostado na formação. Chidozie é agora titular e ainda é júnior.”

José Peseiro

Falou também sobre Peseiro. "Não garanto que fique, mas é com ele que estamos a ver quem tem caráter para ficar". E disse mais: "José Peseiro está a trabalhar comigo no novo projeto, mas em futebol nada se pode garantir".

E voltou a atacar Lopetegui: "Se calhar errei ao dar-lhe muito poder". 

“Se calhar foi o excesso de poder que dei a Julen Lopetegui, pois deixei-o contratar jogadores que ele me garantia que fariam uma grande equipa. Alguns nem jogaram… Contratei jogadores que não conhecia, só por causa do parecer dele. A culpa é minha, porque confiei em quem não devia. Mas isso não volta a acontecer”, esclareceu o dirigente.

Suspeitas

Pinto da Costa analisou ainda as notícias de alguns jornais diários, que referem um alegado ato de vandalismo à porta da sua casa, com lançamento de petardos.

“Petardos não têm nada a ver com contestação. A contestação que me importa é a dos adeptos do FC Porto no fim do jogo. Rebentar petardos às três e meia da manhã nada tem a ver com adeptos”, distinguiu o presidente dos 'azuis e brancos'.

Pinto da Costa acrescentou ainda: “Há que não confundir a contestação dos adeptos com terrorismo. Uma coisa é contestação, outra é violência a roçar o terrorismo. Mas penso que só se não quiserem é que não se sabe quem é. Se os jornais receberam as fotografias – e não foram eles que fotografaram… Seria curioso que a PJ fosse averiguar como é que essas fotos chegaram aos jornais. Não confundo contestação – do qual faço parte – com terrorismo, às 03:30, em que é tirada uma foto por quem coloca os cartazes, estão lá dois minutos e depois aparecem nos jornais.”