Há referências a ex -governantes portugueses nos Papéis do Panamá

Um português, quadro do Banque Internationale à Luxembourg, reuniu em 2013 com responsáveis do escritório de advogados Mossack Fonseca – especializado em constituir sociedades offshore.

O nome do homem, descrito nos Papéis do Panamá como “sénior provate banker”, é Jorge Cunha e procurava adquirir companhias offshore em Hong Kong e no Panamá que pudessem ser titulares de contas bancárias.

Segundo noticia a TVI e o Expresso, Jorge Cunha – registado na Mossack Fonseca como cliente 37356 – terá referido que “alguns dos clientes finais do contacto em Portugal são ex-ministros e/ou políticos”.

Nos documentos é ainda referido que por serem ex -governantes e políticos iriam aparecer como “PEP [Pessoas Politicamente Expostas] no processo de dever de diligência”, em que se verifica o perfil dos beneficiarios, as suas relações pessoais e profissionais e ainda a origem do dinheiro.

Este seria apenas um dos muitos portugueses. Na lista quase interminável de pessoas com contas offshore no Panamá constam pelo menos 34 portugueses (23 serão clientes do escritório Mossack Fonseca) – ou residentes em Portugal ­– e existem 244 empresas sediadas em território nacional.