Papéis do Panamá: Tudo sobre os portugueses nas offshores

A presença de Portugal e dos portugueses no caso Papéis do Panamá não é residual. Há 240 cidadãos nacionais – ou residentes em Portugal – com ligações a offshores criadas pela sociedade Mossack Fonseca. Os papéis são do Panamá, mas nem todas as offshores criadas por este escritório estão naquela jurisdição: há sociedades que estão…

A notícia foi avançada hoje pela TVI e Expresso, os parceiros portugueses do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que durante cerca de um ano analisaram mais de 11 milhões de documentos. Documentos onde está toda a história da sociedade Mossack Fonseca desde 1977 (ano em que foi fundada).

13 advogados portugueses, os conhecidos e o GES

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Segundo dados analisados por este consórcio de jornalistas, nas listas existe referência a pelo menos 13 escritórios de advogados, a gestores de ativos e a empresários.

Como o SOL já tinha noticiado ontem, entre os nomes de portugueses mais conhecidos encontra-se Manuel Vilarinho, ex-presidente do Benfica, Ilídio Pinho e Luís Portela, dono da farmacêutica BIAL.

O Grupo Espírito Santo também não escapa a este caso. As offshores do Panamá terão ajudado a esconder o "saco azul" do Grupo Espirito Santo durante 21 anos. 

Pela Espirito Santo Enterprises – que ficou conhecida como “saco azul” do grupo, terão passado mais de 300 milhões de euros.

Entre os envolvidos neste caso está também um ourives do Porto, donos de empreendimentos no Algarve e um empresário do mundo do desporto.

Os intermediários nas transações

Segundo a TVI e o Expresso, um dos 90 nomes que constam como intermediários e assessores em transações que passaram pela sociedade do Panamá encontra-se a Abreu Advogados e empresas empresas de Lisboa, Funchal e Cascais que se dedicam à gestão e planeamento fiscal.

Atualmente existem e estão ativas mais de 40 offshores que se cruzaram com intermediários portugueses. Outras dezenas entretanto já foram encerradas.

A ligação de Vilarinho, Portela, Ilídio e Abreu Advogados às offshores do Panamá

O 'saco azul' do GES escondido 21 anos no Panamá

O gestor de fortunas com ex-ministros portugueses como clientes

Portugueses desconhecidos nas offshores