Na terça-feira, o Rei espanhol anunciou ao presidente do Congresso dos Deputados, Patxi López, a decisão de realizar novas consultas com os representantes dos partidos, que ficaram então marcadas para 25 e 26 de abril.
Esta será a terceira ronda de consultas e Felipe VI pretende agora saber se terá de propor outro candidato que tente formar governo e que «conte com apoios necessários». Ou se, pelo contrário, deve proceder à dissolução do parlamento e convocar novas eleições gerais. À parte desta consulta, Pedro Sánchez continua a ter a sua oportunidade até ao dia 2 de maio.
Até agora, o líder do PSOE tem já assinado um acordo com o Ciudadanos. Contudo, os dois partidos não têm deputados suficientes para formar maioria, o que justifica a primeira investidura de Sánchez ter falhado.
Como Ciudadanos e Podemos se recusam a trabalhar juntos, Albert Rivera chegou mesmo a pedir a Iglesias do Podemos que pelo menos apoie a investidura para que Espanha possa, finalmente, ter Governo. Pablo Iglesias prometeu consultar os seus apoiantes sobre o acordo entre PSOE e Ciudadanos.
Apesar de a votação ter decorrido ontem, os resultados apenas serão conhecidos na próxima segunda-feira, dia 18. Na consulta, os apoiantes tiveram de responder a duas perguntas: se queriam apoiar a coligação PSOE-Ciudadanos ou, pelo contrário, preferiam uma coligação de esquerda.
Antes da consulta de ontem, Pedro Sánchez intensificou a pressão sobre Iglesias para que este permita a sua tomada de posse. «Nos 115 dias que passaram desde 20 de dezembro, Iglesias esteve sempre em campanha eleitoral. Nunca houve negociação», acusou.
Dadas as dificuldades, Pedro Sánchez começa a ficar sem tempo e há já jornais espanhóis a afirmar que o líder do PSOE perdeu toda a esperança na investidura.