O consumo de marijuana é polémico e o seu dia está envolvo num mistério, apenas decifrável pelo código 4:20, sendo o 4 referente a abril e 20 ao dia de hoje. Há quem atribua estes números a um código usado pelas autoridades americanas para identificarem traficantes ou consumidores, mas a versão oficial relaciona o formato 4:20 ao momento em que, nos anos 70, um grupo de amigos de um colégiona Califórnia se reunia para fumar. Decifrados os códigos, abramos o cofre das últimas noticias sobre o tema.Afinal, estamos em dia de aniversário.
Em dia de impeachment, há quem marche pela maconha
Em um dia marcado por atos contra e a favor do impeachment da presidente Dilma Roussef, cerca de 500 pessoas, de acordo com os organizadores, reuniram-se em Curitiba para fazer um protesto a pedir a legalização da maconha.
A poucos quarteirões deste grupo, estavam reunidas mais de 5 mil pessoas em protesto contra o seguimento do processo de impeachment de Dilma.
Apesar de estarem em menor dimensão, os participantes da marcha pela maconha obrigaram a alterações de última hora: os movimentos pró-impeachment viram-se obrigados a mudar a praça onde iam instalar o ecrã gigante para acompanharem a votação de domingo.
A dieta da canabis
Quem já experimentou marijuana sabe que um dos efeitos secundários é uma fome momentânea mas avassaladora, daí que o seu consumo possa estar associado a ganho de peso. No entanto, há agora um novo estudo da Universidade de San Diego a garantir que a marijuana, consumida de forma regular, pode ajudar a ficar em forma.
A explicação está no facto de se associar o consumo a um aumento da atividade física. Além disso, quem consome, segundo a investigação, tem tendência a beber menos álcool.
Os mais entusiastas estão até a apostar em detox de canabis, onde a planta é consumida em forma de sumo. Consumido desta forma, são aproveitados todos os nutrientes, mas sem os efeitos secundários mais comuns.
“80% dos jogadores da NBA consomem”
A revelação é polémica e chegou pelas palavras de Jay Williams, antigo jogador do Chicago Bulls.
Apesar de ter estado pouco tempo na NBA, esse foi tempo suficiente para se aperceber que o consumo de marijuana era comum entre os jogadores. “Entre 75 e 80% dos jogadores consome marijuana”, disse em entrevista à Fox.
O jogador garante que viu vários colegas dependentes de medicamentos e lamenta que só se condene o uso da marijuana. “É algo que está demonizado na sociedade e sem razão. O uso de canabis ajuda a tratar inflamações e acalma a ansiedade, enquanto que existem medicamentos que nos deixam em pior estado, mas são considerados legais”.
Ajuda para dores menstruais
A atriz Whoopi Goldberg lançou recentemente uma gama de produtos à base de marijuana para ajudar as mulheres com a dores sentidas durante o período. O produto foi criado em parceria com a também atriz Maya Elisabeth, uma das maiores empresárias na área do canábis medicinal, e tem o nome de Maya & Whoopi.
“Tudo isto é inspirado na minha própria experiência de toda uma vida de menstruações difíceis, unicamente aliviadas através do consumo de canabis”, explicou. Para que as pessoas possam ter o efeito relaxante, mas não ao ponto de as deixarem incapazes de ter um dia-a-dia normal, a canábis foi adaptada e está à venda em forma de bálsamo, de sabonete e de chocolate para beber.
Chile tem a maior plantação de marijuana
Já começaram as colheitas naquela que é considerada a maior exploração de marijuana para fins medicinais do mundo, inaugurada em janeiro no Chile. As 6900 plantas cultivadas deverão produzir até maio uma tonelada e meia de produto, destinado principalmente a pacientes que sofrem de vários tipos de cancro, dor crónica e epilepsia.
O local é vigiado 24 horas por dia, cercado por uma rede elétrica, guardas com cães e inúmeras câmaras de videovigilância. Além disso, há uma ligação telefónica direta a duas esquadras da polícia.
O projeto vai servir de base a três grandes projetos clínicos, desenvolvidos pela Instituo Nacional do Cancro e dois hospitais, que vão fornecer o produto gratuitamente a quem precisar.
Freiras plantam para fins medicinais
Para conseguirem produzir medicamentos caseiros, duas freiras dedicaram-se ao cultivo de canábis.
As irmãs Kate e Darcy criaram o projeto “Sisters of the Valley”, onde vendem produtos como cremes, suplementos e infusões. Os remédios são embalados em recipientes próprios, feitos de vidro, e podem ser enviados por correio para qualquer parte do mundo.
As duas têm vindo a enfrentar uma série de bloqueios judiciais, até porque no início do ano, os vereadores votaram um projeto de lei que impede o cultivo e venda de canábis medicinal. Como argumento de defesa, a irmã Kate garante que sempre fizeram um trabalho legal, porque o cultivo na Califórnia é legalizado desde o final da década de 1990.
Chile tem a maior plantação de marijuana
Já começaram as colheitas naquela que é considerada a maior exploração de marijuana para fins medicinais do mundo, inaugurada em janeiro no Chile. As 6900 plantas cultivadas deverão produzir até maio uma tonelada e meia de produto, destinado principalmente a pacientes que sofrem de vários tipos de cancro, dor crónica e epilepsia.
O local é vigiado 24 horas por dia, cercado por uma rede elétrica, guardas com cães e inúmeras câmaras de videovigilância. Além disso, há uma ligação telefónica direta a duas esquadras da polícia.
O projeto vai servir de base a três grandes projetos clínicos, desenvolvidos pela Instituo Nacional do Cancro e dois hospitais, que vão fornecer o produto gratuitamente a quem precisar.
Cada país com as suas regras
Argentina
• Desde 2009 que vigora a lei que descriminalizou o uso de canábis, mas, no entanto, é proibido vender, transportar e cultivar.
Portugal
• O uso da canábis em Portugal foi descriminalizado a partir de 1 de julho de 2001. Até aí os consumidores podiam ser condenados a penas de mais de um ano de prisão
Estados Unidos
• Neste caso, as diferenças veem-se por Estado. Atualmente, apenas quatro - Oregon, Washington, Colorado e Alasca - têm o consumo liberalizado
Chile
• É legal consumir em casa e ter uma pequena quantidade ara uso pessoal. O seu uso medicinal também é permitido, mas é ilegal vender e comprar.
Israel
• O seu uso na medicina é comum e é de Israel que saem alguns dos estudos mais avançados sobre o tema. Apesar do consumo não medicinal ser ilegal, é comum encontrar pessoas a consumir na rua
Jamaica
• O país do reagge só descriminalizou a canábis no ano passado. A posse até 57 gramas deixou de ser crime, mas ainda pode dar direito a uma notificação por parte das autoridades.
Holanda
• É o único país da União Europeia onde é permitida a venda legal de canábis nos chamados coffee shops. Em 2012, pensou-se restringir o acesso de turistas a estes espaços, mas a lei nunca chegou a avançar