Manuel Serrão. “André Villas Boas seria o presidente ideal para o FC Porto”

É no mundo da indústria têxtil que ganha o seu dinheiro, mas é o futebol que lhe dá mais visibilidade mediática.

Há 16 anos fiz-lhe uma entrevista que começava por lhe dizer que tinha a imagem de um troglodita. Hoje já é considerado um moderado… O que mudou neste tempo?

Falando da minha imagem televisiva, que é redutora do que sou, a verdade é que agora apareço como um moderado, atendendo a que no programa televisivo “Prolongamento” está um verdadeiro troglodita [Pedro Guerra] dez vezes pior do que eu, na verdadeira aceção da palavra.

Como aguenta um programa com o Pedro Guerra?

Essa pergunta faço-a todos os domingos à noite quando começo a pensar no dia seguinte e na segunda-feira quando termina o programa, comento com o Sousa Martins que “já foi mais um”. Temos de ter paciência para ouvir tantos disparates. Percebo que ele defenda os interesses do Benfica e que diga os disparates que bem entende, o que me incomoda é ele usar a estratégia que aprendeu na política em que fala mais alto quando estou a dizer alguma coisa que ele não quer que as pessoas oiçam. Isso incomoda-me muito e faz-me saltar.

Mas não estará hoje na situação em que estavam os seus colegas de há 16 anos quando dizia que eles o criticavam mas ficavam no programa por causa do dinheiro? Aceita os desaforos de Pedro Guerra porquê?

Não aceito, combato-os. Embora entenda as razões que levaram Eduardo Barroso a abandonar o programa, se todas as pessoas desistissem por causa dele ser mal-educado e de falar em cima dos outros já não havia programa. Continuar no “Prolongamento” apenas depende de mim e da TVI, mas, palpita-me, que, levando em conta o que dizem os benfiquistas, Pedro Guerra é capaz de sair do programa primeiro do que eu.

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