Greve no Porto de Lisboa pode afetar abastecimento de comida no país

A Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA) alertou esta quinta-feira para o facto de a greve no Porto de Lisboa, que se vau prolongar até ao final de maio, poder pôr em causa o abastecimento alimentar do país, lê-se no site do Diário de Notícias (DN).

De acordo com o mesmo site, o novo pré-aviso de greve emitido pelo Sindicato dos Estivadores prolonga a paralisação do porto até 27 de maio. Recorde-se que o Porto de Lisboa representa 70% da circulação de matérias-primas para a indústria alimentar.

A FIPA afirma que já não existe bagaço de soja (usado no fabrico de rações de animais) no mercado. Este problema força a paragem de muitas fábricas, "o que poderá colocar a vida de milhões de animais em explorações pecuárias em risco" e afetar também a alimentação humana, lê-se no comunicado.

O mesmo organismo alerta para a possibilidade de a cevada e o trigo panificável esgotarem nos próximos dias. A FIPA diz ainda que o fornecimento de produtos de origem animal (carne, leite e ovos) pode ser afetado.

"É urgente colocar um ponto final a esta greve e normalizar o abastecimento do mercado nacional", lê-se no comunicado.

Recorde-se que os estivadores e operadores portuários não conseguem chegar a um entendimento em relação a um novo acordo coletivo de trabalho.