O patrão está de volta

Nem todos temos patrão, por certo. Há quem o seja, há quem se tenha cansado de cumprir ordens e de fazer recados e, por isso, decidisse trabalhar por conta própria. A grande questão é que até para esses há um patrão, um patrão de quem se gosta incondicionalmente. Falamos, pois claro, de Bruce Springsteen, que…

É logo no primeiro dia de festival que Bruce – ‘Almighty’, se nos permitem – Springsteen e a sua E Street Band regrassam ao lugar onde foram e fizeram muita gente feliz em 2012. Se esse foi o momento alto dessa edição por que esperar outra coisa, agora em 2016?

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A verdade é que antes desse concerto em 2012, Springsteen não tocava em Portugal desde o célebre concerto, para 40 mil pessoas, que deu em 1993 no Estádio José de Alvalade. Em 2012 foi tempo do nosso querido patrão perceber que isso não é sequer admissível, merecemos mais proximidade. As saudades eram tantas que Springsteen até esteve presente na edição de 2014 do Rock in Rio, tendo surgido em palco para interpretar ‘Tumbling Dice’ com os Rolling Stones.

E se na altura o natural de Nova Jérsia vinha com Wrecking  Ball, disco de 2012 que veio apresentar à Bela Vista, num concerto memorável com duas horas e meia de duração, agora a conversa é outra. O Boss vem-nos dar a possibilidade de voltar a escutar The River (1980), um dos seus discos mais marcantes e que foi recentemente reeditado. Esta digressão, que começou em janeiro nos EUA, tem feito carreira com um espetáculo de três horas e quarenta minutos. Mandássemos nós e eram no mínimo cinco horas. “Apostaria mais em três, cinco vai deixar o povo bem nervoso”, avisa Roberta Medina. Com o patrão tem de se ter nervos de aço.