Fernando Medina

A um ano e meio das autárquicas, eis um presidente de Câmara em constante e bem planeada campanha eleitoral. Faz obras nos principais eixos da cidade de Lisboa que estarão prontas 9 meses antes das eleições, entrega medalhas a Mário Soares e Manuel Alegre e não perde uma oportunidade de aparecer ao lado do Presidente Marcelo (seja num concerto noturno ou numa procissão), arranja uma coluna na TVI24 que lhe dá maior visibilidade mediática e até vai à conferência de Bilderberg com líderes influentes da Europa e dos EUA. O delfim de António Costa não brinca em serviço, é um verdadeiro profissional da política.

SOMBRA

António Costa

Os números da economia portuguesa não são nada animadores – o PIB quase estagna, as exportações caem, o investimento diminui, o desemprego aumenta – contrariando as expectativas e previsões do Governo. A UTAO arrasa a credibilidade do Programa de Estabilidade. E a sua semana pessoal não lhe correu nada bem: fez um número de ridículo otimismo com a descida de um cêntimo no preço da gasolina e é difícil de acreditar no seu ‘lapso’ do plano B na entrevista à SIC. Um plano B que, ainda por cima, parece cada vez mais inevitável face à dececionante evolução da economia portuguesa.

Tiago Brandão Rodrigues

Desencadeou mais uma guerra desnecessária ao anunciar a revisão antes do prazo de três anos dos contratos de associação com escolas privadas. E deixou à solta o radicalismo ideológico da sua secretária de Estado, que veio fazer demagógicas contas de mercearia e defender a lógica do monopólio do Estado na Educação. António Costa contratou um incontrolável troublemaker político para o seu Governo.
José António Lima