JSD diz que não se deixa intimidar com Mário Nogueira

Continua a troca de acusações entre a JSD e a FENPROF à volta da guerra com os contratos de associação.

Depois do cartaz da JSD que mostrava Mário Nogueira vestido de Estaline, manipulando o ministro da Educação como uma marioneta, a FENPROF ameaçou a juventude social-democrata com um processo judicial. Mas a Jota diz que o sindicato vive mal com a liberdade de expressão e recupera os cartazes que Nogueira fez para atacar o PSD e os seus ministros.

"Ontem, Mário Nogueira anunciou que pretende avançar com um “processo jurídico” contra a JSD, pela mão da FENPROF. Pois que avance.", comenta Simão Cristovão Ribeiro, que não entende por que motivo Nogueira reagiu tão mal à provocação da Jota.

"Há em Portugal quem julgue estar imune à crítica e à divergência de opinião. É o caso de Mário Nogueira, para quem a liberdade de expressão só tem uma via: a sua", acusa a JSD, num comunicado que recupera imagens da FENPROF no mesmo tom que foi usado pelos sociais-democratas.

Porém, ao mesmo tempo que acusa a JSD, Mário Nogueira utiliza meios menos próprios até para com órgãos de soberania.

"Aliás, a FENPROF chegou a usar a palavra “roubo”, num cartaz em que figuravam Pedro Passos Coelho, Nuno Crato e Vítor Gaspar.", aponta a JSD, lembrando que "em 2014, a FENPROF promoveu uma “queima” do Orçamento de 2014, desonrando o Parlamento, que legitimamente aprovara esse diploma em representação do Povo Português".

"Também em 2014, todos vimos Mário Nogueira vaiar e zombar enquanto o anterior Chefe de Estado desfalecia numa cerimónia militar do Dia de Portugal", lembra ainda a Jota.

 "É caso para perguntar: quando é Mário Nogueira a usar a sua liberdade, já não há problema?", questiona o líder da JSD. 

"Não é por em Abril usarmos cravos ao peito e enchermos a boca de chavões que respeitamos a liberdade. Não é por dizermos que somos Charlie que respeitamos a liberdade. Respeitamos a liberdade quando a incorporamos nos nossos comportamentos perante os outros. Respeitamos a liberdade quando assumimos como indispensável o respeito absoluto das liberdades públicas", defende Cristóvão Simão Ribeiro, Presidente da JSD.