Cristas diz que Costa não está “empenhado” em evitar possíveis sanções

A líder do CDS, Assunção Cristas, responsabilizou esta segunda-feira o primeiro-ministro por eventuais sanções que possam vir a ser aplicadas a Portugal devido ao incumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).

Cristas afirma que o Governo ainda possui “ferramentas” para travar a aplicação destas sanções e lamenta que o executivo ainda não as tenha querido utilizar.

"Não há dúvida nenhuma de que está nas mãos no primeiro-ministro evitar que o défice para 2015 seja fixado em 3,2% e eu não vi o senhor primeiro-ministro empenhar-se nisso", afirmou a líder centrista, lembrando que Costa não fez "voz grossa em Bruxelas", nem apresentou qualquer explicação "técnica" ou "política".

"Ele é que está a governar, é ele que tem nas suas mãos as ferramentas para evitar as sanções, não são os outros partidos", acrescentou.

Cristas afirmou ainda que o CDS irá empenhar-se para que estas sanções não venham a ser aplicadas: "Nós não deixaremos de estar neste debate, não deixaremos de estar presentes e mostraremos a nossa visão das coisas".

Recorde-se que Portugal e Espanha não cumpriram o Pacto de Estabilidade e Crescimento, com os dois países a ter um défice orçamental superior a 3% do PIB. Bruxelas propôs, em maio, que se abra um procedimento por défice excessivo contra os dois países, mas que seja dado "mais um ano, e apenas mais um ano" a estes países para colocar o seu défice abaixo dos 3%.

A decisão final sobre a aplicação de sanções dera tomada pelos ministros das Finanças da União Europeia na reunião de julho.