NOS Primavera Sound. Adeus, que isto promete

O terceiro e último dia do festival dá ordens para dançar: Chairlift, Air, Moderat. Mas também guitarras: Ty Segall e Car Seat Headrest podem bem ser dois dos concertos do festival

Bom, nesta coisa dos festivais, de resto como nisso a que chamam vida, diz-se o que importa é como acaba, ou seja, aquela lógica de nunca irmos para a cama sem dizer boa noite à gente que nos importa. Diga-se que no NOS Primavera Sound gostamos de muitos, e circunscrever este festival ao último dia seria brutalmente injusto, sobretudo devido a concertos como o de Brian Wilson, Parquet Courts, PJ Harvey. Algo que se deve replicar com alguns nomes deste terceiro dia.

No Palco NOS, começa-se em modo nacional, com os Linda Martini a mostrarem “Sirumba”, mais recente disco, pela primeira vez em festival. A partir daí toca a dançar. Chairlift, Air e Moderat garantem qualidade, nervos nas pernas para se ser mais feliz, agitação eletrónica e menos rock do que este palco tem sido até aqui. Nada contra.

Sobretudo porque no Palco há A.R. Kane, às 23h30, esses britânicos da década de 80 que tanto gostam de misturas, pop e house e dub e noise, tudo no mesmo prato. Segue-se Ty Segall que desta vez se apresenta em Portugal com a sua banda the Muggers, naquele que se espera que seja uma enorme tareia de guitarras.

No Palco Super Bock atuam Algiers, Battles e Explosions In The Sky, mas será talvez pelas 21h15, no Palco Pitchfork, que se reserva o momento rebuçado do Primavera, se tivéssemos que apostar diríamos que este palco nunca teve, nem vai ter, tanta gente. Car Seat Headrest é um dos novos heróis indie, de quem gostamos todos, que vem apresentar “Teens of Style”, disco editado em maio. Portanto, só razões para nos despedirmos em condições.