Quem esteve na Trafaria no último domingo, para apanhar o barco para Lisboa, relata algumas horas de muita “tensão”, que obrigaram à intervenção da GNR e do INEM. Os passageiros com bicicletas e motas foram impedidos de embarcar para regressar a casa. A avaria de um dos ferry que assegura a ligação entre as duas margens do Tejo esteve na origem do episódio. Situação resolvida, garante ao i o grupo Transtejo.
Miguel Correia foi um dos passageiros afetados. No sábado, conta, a viagem de Belém para a margem sul fez-se sem problemas. Mas no dia seguinte, por volta das 13 horas, quando chegou ao cais já se faziam sentir as consequências da avaria de um dos barcos que faz a travessia. “Quando lá cheguei, estava a regressar um catamaran com as pessoas que vinham da Trafaria, mas essa embarcação foi embora e chegou um caciclheiro só de passageiros”, recorda. Problema: na plataforma estavam alguns passageiros de bicicleta, prontos a embarcar, mas o barco só podia transportar quatro (ao contrário da embarcação que avariou, com maior capacidade).
Entraram no catamaran com as bicicletas, mas, devido a uma norma interna, “os funcionários começaram a dizer que não podiam entrar tantas” – o número estaria limitado a quatro equipamentos de duas rodas. A tripulação terá feito menção de querer retirar as bicicletas, e foi aí que a tensão subiu, com os passageiros a recusar sair. Acabaram por seguir todos rumo à margem sul.