Lisboa: fim dos brasões na Praça do Império gera polémica

A renovação do jardim da Praça do Império, em Belém, está a gerar polémica. A proposta vencedora para a renovação do jardim quer retirar os brasões coloniais e o PSD já reagiu com desagrado.

Um novo espaço relvado vai mesmo substituir os brasões coloniais da Praça do Império e o PSD já mostrou o desagrado.

O projecto vencedor para a requalificação do espaço ainda não foi divulgado, mas, segundo o Público, não está prevista a manutenção dos brasões das ex-colónias.

Através de um comunicado enviado às redacções, o PSD diz que “esta insistência, travada em 2014 pela Assembleia Municipal e, em boa verdade, com a concordância do então Presidente da autarquia, António Costa, indicia uma grave realidade”.

“Um preconceito ideológico gritante próprio da pequena dimensão intelectual de Sá Fernandes para quem construir cidade não é mais do que a construção de ciclovias fantasmagóricas, atribuições pouco esclarecidas da exploração de quiosques e um conjunto de medidas ‘trendy’ mas que não servem objectivamente ninguém”, lê-se no comunicado do partido.

Segundo afirmações de José Sá Fernandes, vereador dos Espaços Verdes da capital, os 30 brasões florais que representam as armas das cidades capitais de distrito e das antigas províncias no Ultramar têm um custo de manutenção de 24 mil euros anuais.

No comunicado, o PSD pede a Fernando Medina, Presidente da Câmara de Lisboa, que “ponha cobro a estes devaneios intelectuais e que assuma de uma vez por todas a liderança do município que honrosamente herdou e que defenda a relevância histórica do nosso país em detrimento da irrelevância da personagem de Sá Fernandes”.