UTAO: orçamento tem riscos

Cortes nos subsídios, nos investimentos e nas compras salvaram o défice do primeiro semestre, mas o segundo semestre é mais complexo.

UTAO: orçamento tem riscos

A execução orçamental da segunda metade de 2016 «comporta riscos», prevendo-se uma aceleração de algumas despesas e que a economia evolua «a um ritmo inferior» ao projetado no Orçamento do Estado deste ano. O alerta é da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que, numa nota sobre a execução orçamental do primeiro semestre, afirma que, entre janeiro e junho deste ano, «tanto a execução da receita como a execução da despesa ficaram aquém das previstas».

O défice melhorou face a 2015, mas o resultado foi conseguido com forte contenção da despesa para compensar o mau desempenho da receita.

O documento desta unidade de apoio que funciona no Parlamento refere ainda que «ao nível da receita efetiva verifica-se um desvio desfavorável, sobretudo das outras receitas correntes e da receita de capital, mas também da receita fiscal e contributiva». Por outro lado, «a despesa efetiva evidenciou um grau de execução abaixo do verificado no mesmo período de 2015, designadamente ao nível dos subsídios, investimento e aquisição de bens e serviços».