Imperador do Japão confirma a sua vontade em abdicar

Akihito, de 82 anos, reconheceu a dificuldade em “seguir assumindo responsabilidades importantes” devido ao seu estado de saúde

O imperador do Japão, Akihito, confirmou publicamente, esta segunda-feira, a sua vontade em abdicar devido à sua avançada idade e antes que a sua saúde não o permita exercer as responsabilidades que o cargo exige.

Num vídeo, gravado no Palácio Imperial, Akihito evitou referir-se de forma direta ao procedimento de abdicação visto que a legislação da Casa Real do país não contempla essa tomada de decisão.

Para que Akihito ceda o Trono de Crisantemo ao seu filho, Naruhito, o Parlamento japonês deve aprovar uma reforma do actual quadro jurídico.
 
“Preocupa-me que possa tornar-se difícil [para mim] levar a cabo as minhas responsabilidades como símbolo do Estado”, afirmou Akihito acrescentando que “há momentos em que me sinto limitado pela minha condição física”.
 
Akihito, que sofre de problemas de saúde desde 2003, ano em que enfrentou um cancro na próstata, mostrou o seu desejo de abdicar, algo inédito na história moderna do país.
 
Ainda que não tenha sido confirmado, o governo japonês deve por em marcha o procedimento necessário para abordar uma reforma na lei que rege a Casa Real, de modo a facilitar a abdicação de Akihito em favor do seu filho.