Foram criadas quase 23 mil empresas nos primeiros sete meses

Continuam a nascer mais de duas empresas por cada uma que encerra.

Foram criadas 22.883 empresas nos primeiros sete meses do ano. Este número representa um decréscimo de 5,2% (1246) quando comparado com igual período do ano passado. Em contrapartida, os encerramentos reduziram 1,7%, com as insolvências a registarem uma tendência semelhante, mas mais acentuada (-23,1%), revelam os dados do Barómetro da Informa D&B.

De acordo com estes dados, nos últimos 12 meses, o rácio nascimentos / encerramentos foi de 2,2. Isto significa que, continuam a nascer mais de duas empresas por cada uma que encerra.

A maioria das novas constituições de empresas foram registadas nos serviços (7286), que mesmo assim também registou uma redução de 4,6% face aos primeiros sete meses de 2015. Simultaneamente, foi este o setor onde se observaram mais encerramentos (1918).

No entanto, foi o setor das atividades imobiliárias que mais cresceu em número de nascimentos (32,1%), com 1708 empresas a abrirem portas neste período. Este juntamente com o alojamento e restauração (que abriu 2847 entidades, um crescimento de 1,9%), foram os únicos a crescer em número de constituições. A construção (1828 empresas, mais 0,2%) mantém valores muito semelhantes aos do ano anterior), mas os restantes setores decresceram.

Já a área da agricultura, pecuária, pesca e caça registou o maior rácio entre nascimentos e encerramentos: por cada empresa que fechou atividade, outras 4,4 abriram portas.

Lisboa e Porto mantêm-se como as regiões que mais nascimentos registam. Mas, enquanto a capital portuguesa registou um crescimento de 4,1% na criação de novas empresas, o Porto apresentou tendência inversa: o número de nascimentos caiu 6,5% face a período homólogo do ano passado. Também o maior número de insolvências, tendo em conta a localização geográfica, registou-se em Lisboa e no Porto, embora as reduções mais acentuadas se tenham feito sentir em Faro (45,2%) e Setúbal (41,3%).

O barómetro diz ainda que a média de atraso de pagamento das empresas melhorou quase 2 dias face ao primeiro trimestre deste ano, estando agora em 25,1 dias.