Dois em cada três jovens foram vítimas de bullying, diz a UNICEF

Para além disso, nove em cada dez jovens acreditam que este é um problema generalizado nas suas comunidades.

Uma sondagem realizada pela UNICEF, divulgada esta sexta-feira, revela que dois em cada três jovens de 18 países afirmam ter sido vítimas de bullying.

Para além disso, nove em cada dez jovens acreditam que este é um problema generalizado nas suas comunidades.

A sondagem, realizada pela plataforma digital U-Report, foi tornada pública hoje para assinalar o Dia Internacional da Juventude. Os jovens foram inquiridos por SMS, Facebook e Twitter sobre o impacto do bullying nas suas áreas de residência, a sua relação com este fenómeno e soluções para acabar com este tipo de violência.

Na sondagem, participaram jovens entre os 13 e os 30 anos, de países como Senegal, México, Uganda, Serra Leoa, Libéria, Moçambique, Ucrânia, Chile, Malásia, Nigéria, Suazilândia, Paquistão, Irlanda, Burkina Faso, Mali, Guiné-Conacri, Indonésia e Zâmbia.

De acordo com a UNICEF, "um terço dos inquiridos pensa que ser vítima de 'bullying' é normal e por isso não contou a ninguém; a maioria dos inquiridos que relataram sofrer de 'bullying' afirmou que tal tinha acontecido devido à sua aparência física; o 'bullying' foi também atribuído a questões de género ou de orientação sexual e etnia; e um quarto das vítimas afirmou que não sabia a quem contar".

"Mais de oito em cada 10 inquiridos acreditam que a sensibilização, nomeadamente através da formação de professores sobre como ajudar as crianças a sentirem-se mais à vontade para relatar casos de 'bullying' é uma das formas de responder a este problema nas escolas", acrescenta o mesmo organismo.