A última piscina de Phelps foi de ouro

O nadador americano admitiu na conferência de imprensa a seguir ao quinto ouro conquistado no Rio que tinha sido a sua última corrida.

A última piscina de Phelps foi de ouro

 A última medalha da carreira de Michael Phelps aconteceu na madrugada deste domingo na piscina olímpica do Rio de Janeiro, com o mais medalhado de todos os tempos a integrar a estafeta de estilos norte-americana.

Phelps, de 31 anos, fez o terceiro percurso, mariposa, ajudando à vitória dos Estados Unidos e conseguindo para si o quinto ouro e sexta medalha no Rio2016. Desde Atenas2004 que Phelps ganha medalhas e chegou à impressionante série de 23 medalhas de ouro, 28 no total.

Um máximo absoluto, em todas as modalidades, que coloca Phelps num plano ainda mais destacado, pois ele já era recordista de medalhas e títulos desde Londres.

A abrilhantar a vitória do quarteto norte-americano, Ryan Murphy bateu o recorde do mundo de costas, no primeiro percurso (51,85).

A estafeta de estilos feminina foi ganha pelas norte-americanas, os 1.500 metros livres masculinos pelo italiano Gregorio Paltrinieri e os 50 metros livres femininos pela dinamarquesa Pernilla Blume, no que foi o último dia da natação pura no Rio2016.

A despedida em glória de Phelps deixou para segundo plano o que se passou no estádio olímpico, nomeadamente a revalidação do título dos 10.000 metros do britânico Mo Farah.

Mesmo caindo a meio da prova, o campeão de Londres2012 teve forças para regressar à liderança da corrida e superar a habitual concorrência do Quénia e da Etiópia, sem soluções para o melhor fundista da atualidade.

Nos 100 metros femininos, a jamaicana Shelly-Anne Fraser-Pryce não conseguiu o objetivo do 'tri' olímpico e cedeu a coroa à sua compatriota Elaine Thompson. Depois dos anteriores falhanços de Dibaba, nos 10.000 metros, e Adams, no peso, é certo que não haverá tricampeãs no Rio de Janeiro.

O novo campeão do salto em comprimento é o norte-americano Jeff Henderson e no heptatlo a surpresa veio da jovem belga Nafissatou Thiam.

De manhã, o jamaicano Usain Bolt 'mostrou-se' nas séries de 100 metros, dando boas indicações para a luta pelo ouro, domingo à noite, o mesmo acontecendo com os seus principais rivais, Justin Gatlin, dos Estados Unidos, e Yohan Blake, também da Jamaica.

E no lançamento do disco assistiu-se a uma invulgar transmissão de ouro entre irmãos, com Christophe a suceder a Robert e o título a ficar na Alemanha e na família Harting.

Numa necessariamente 'tensa' final do sabre feminino por equipas, as russas venceram as ucranianas e na final de ténis feminino a porto-riquenha Monica Puig surpreendeu a favorita Angelique Kerber, da Alemanha – primeiro ouro de sempre para Porto Rico.

Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos e Grã-Bretanha ficaram com os títulos do dia no remo e no ciclismo em pista registaram-se triunfos para a Holanda e para a Grã-Bretanha.

Ouros para a Itália e Alemanha, no tiro, e para a Bielorussia, nos trampolins, com o único título do dia no halterofilismo a ir para o Irão.

No quadro global de medalhas, os Estados Unidos alargam a vantagem e já têm 60, das quais 24 de ouro. Um pouco mais atrás está a China, com 41 e 13 de ouro e a Grã-Bretanha, com 30 e 10.