O dia em que Simone Biles se desequilibrou

Mesmo assim a ginasta ainda alcançou o bronze, a sua quarta medalha no Rio depois de três ouros conquistados

O sonho das cinco medalhas de ouro esfumou-se, já que a jovem texana, três vezes campeã no Rio de Janeiro, não foi além do bronze na final da trave e assim passa a ter como limite quatro triunfos, caso vença no solo na terça-feira, numa prova em que é grande favorita.

Na ginástica artística, todos os focos estavam virados para Simone Biles, a texana de 19 que procurava quarta medalha de ouro, para 'selar' terça-feira a sua presença no Rio2016 com um inédito quinto triunfo.

Fica por realizar o objetivo, já que na trave olímpica não foi além do bronze, com uma prestação marcada por alguns deslizes, atrás da holandesa Sanne Wevers, nova campeã, e da também norte-americana Lauren Hernandez.

Biles procura agora quarta medalha de ouro nos exercícios no solo, em que é a grande favorita. Se conseguir, iguala o recorde de títulos numa só edição dos Jogos, que é partilhado pela soviética Larissa Latynina (1956), a checoslovaca Vera Caslavska (1968) e a romena Ecaterina Szabo (1984).

Ainda na ginástica, entregaram-se duas medalhas de ouro no setor masculino, uma para o grego Eleftherios Petrounias (argolas) e outra para o norte-coreano Ri Se-gwang (salto de cavalo), curiosamente a suceder na lista de campeões a um ginasta sul-coreano.

Num dia em que foram adiadas as duas regatas por medalhas de laser, a praia de Copacabana assistiu à primeira final de águas abertas, os 10 km femininos, com vitória da holandesa Sharon van Rouwendaal, a vice-campeã de há quatro anos.

A italiana Rachelle Bruni arrebatou a medalha de prata e a brasileira Poliana Okinoto a de bronze, despois da desqualificação da francesa Aurelie Muller, campeã olímpica de Londres, que terminara na terceira posição.
Sem surpresas, A britânica Charlotte Dujardin, montando Valegro, revalidou o título de ensino individuais, superando no final duas cavaleiros germânicas.

Outras marcas de destaque
O estádio olímpico continua a proporcionar marcas de excelência para os grandes campeões e Anita Wlodarczyk não foi exceção. A única mulher a lançar a mais de 80 metros acrescentou um metro e 21 centímetros ao seu anterior recorde, ganhando assim o título que lhe faltava, após a 'amarga' prata em 2012.

Aos 31 anos, a polaca está no apogeu da carreira e consegue os oito melhores concursos da história da especialidade, prosseguindo um domínio avassalador sobretudo desde há três anos.

A chinesa Wenxiu Zhang foi distante segunda, com 76,75, mas manteve a hierarquia que vinha do Mundial do ano passado, enquanto para o bronze os 74,84 da britânica Sophie Hitchon chegaram para uma estreia no pódio.

Nos obstáculos, o recorde da russa Gulnara Galkina de 8.58,81 'tremeu', mas manteve-se, por menos de um segundo. Ruth Jebet, nascida no Quénia, mas a correr pelo Bahrein, já tinha esta época descido dos nove minutos e 'promete' o recorde para uma próxima corrida – ainda só tem 19 anos e uma margem de progressão imensa.

A melhor das quenianas, Hyvin Kiyeng Jepkemoi, campeã do mundo, teve de se vergar e ficar com a prata, em 9.07,12, à frente de Emma Coburn, com 9.07, novo recorde das Américas.