As fíguras dos Jogos Olímpicos: Bolt. O adeus a um atleta de ouro

Para ele não há mais medalhas se não a de ouro. O adeus só podia terminar desta forma para a lenda jamaicana do atletismo.

Nove medalhas de ouro olímpicas e o ‘triplo-triplo’ para o homem mais rápido do mundo.

Do Brasil trouxe as três a que se comprometeu. O atleta jamaicano tornou-se o único na história a ganhar as mesmas provas de atletismo – 100m, 200m e as estafetas de 4x100m – em três edições consecutivas dos Jogos Olímpicos.

As nove medalhas olímpicas juntam-no às glórias do século passado Pavoo Nurmi (na década de 1920) e Carl Lewis (1980/1990), o nadador Mark Spitz (1970) e a ginasta Larissa Latynina (1950/1960).

Um beijo, a bandeira brasileira e uma certeza. É assim que Bolt (a custo) vai saindo do estádio Engenhão, enquanto o povo brasileiro grita pelo seu nome. Uma situação só por si inédita no mundo do atletismo. Não interessa o país, Bolt é de todos nós. Uma lenda nunca pode ficar restringida ao seu país natal. Bolt é jamaicano, mas (quase) todos torcemos – de certa foram – pelo atleta.

“Aí têm, sou o maior”, disse ciente da conquista que acabara de alcançar. A Bolt tudo é permitido. Porque é o maior. E todos sabemos. Pode dizê-lo a todos. Não que fosse preciso, mas porque deve saber bem expressá-lo (em alto e bom som).

Chega ao fim um trajeto inspirador e Bolt despede-se na esperança de ter conseguido colocar a fasquia demasiado alta “para que ninguém consiga repetir o feito”.

“Tudo se tornou realidade. Sou o maior da história”, garantiu.