O que fez este pinguim para merecer uma promoção?

Na cerimónia de promoção a brigadeiro de ontem, Sir Nils Olav inspecionou, como habitual, os militares noruegueses ali presentes

Numa cerimónia que teve ontem lugar no Jardim Zoológico de Edimburgo, Sir Nils Olav, cavaleiro desde 2008, foi promovido a brigadeiro.

O facto nada teria de muito surpreendente, não fosse dar-se o caso de Sir Nils Olav ser um pinguim.

E o que fez este espécime para merecer a promoção a uma das mais altas patentes militares? Na verdade trata-se de uma tradição que remonta a 1972, quando um membro da Guarda Real Norueguesa achou estes animais tão curiosos que solicitou que aquela unidade adotasse um pinguim-rei.

A mascote foi batizada com o nome desse tenente, Nils Egelien, e de Olavo V, Rei da Noruega. Desde então, de cada vez que a Guarda Real Norueguesa se desloca a Edimburgo para a Royal Edinburgh Military Tattoo (um desfile militar anual que nada tem que ver com tatuagens), visita o Jardim Zoológico da cidade e Nils Olav é promovido: cabo, sargento, coronel-em-chefe…

Em 2008, o filho do pinguim original foi feito cavaleiro. «Em todos os sentidos merece a honra e a dignidade de ser condecorado», declarou na altura o Rei da Noruega.

Na cerimónia de promoção a brigadeiro de ontem, Sir Nils Olav inspecionou, como habitual, os militares noruegueses ali presentes. Citado pelo Guardian, o principal responsável pela Edinburgh Military Tattoo disse: «Este é um exemplo fantástico das excelentes relações entre os nossos dois países». O primeiro pinguim-rei do Jardim Zoológico de Edimburgo foi oferecido justamente pelos noruegueses, após a expedição de Roald Amundsen ao Pólo Sul (1911).