Motorista simula assalto e rapto para ficar com dinheiro

É ainda suspeito de se ter apoderado de cheques e tabaco da empresa onde trabalhava, no Porto

Um motorista de uma empresa de distribuição de tabaco simulou ter sido vítima de um assalto, seguido de rapto, para se apoderar de dinheiro vivo, cheques e tabaco que transportava. A queixa foi apresentada pela alegada vítima, no Porto, na última sexta-feira, mas rapidamente se percebeu que as peças do puzzle não encaixavam.

A Polícia Judiciária deteve entretanto o homem, de 56 anos, por existirem fortes indícios de ter cometido os crimes de simulação de crime de roubo e furto qualificado.

Os investigadores acreditam que o suspeito pretendeu apoderar-se do dinheiro que estava no veículo com o objetivo de pagar dívidas pessoais avultadas. O motorista quis fazer crer que fora assaltado por dois indivíduos que o teriam ameaçado com uma arma de fogo, mas a tese acabou por ser desmontada em poucas horas.

“O suposto ofendido pretendeu fazer crer às autoridades que tinha sido vítima de um roubo com sequestro, protagonizado por dois indivíduos que, mediante ameaça de uma arma de fogo, o sequestraram durante várias horas, constrangendo-o depois a entregar a viatura que conduzia que continha no seu interior dinheiro, cheques e tabaco”, explicou ontem a Polícia Judiciária.

Não foi a primeira vez que este funcionário rouba dinheiro à empresa de distribuição de tabaco: “Na sequência da investigação desenvolvida foi possível demonstrar a completa falsidade da versão apresentada, apurando-se que simulação do crime foi realizada para saldar um avolumar de dívidas que o arguido possuía, que já o tinham levado a subtrair diversas quantias em numerário da firma onde trabalhava”.