Rio Ave-Sporting. Há falar e há fazer. E este leão não fez

A exibição no Bernabéu ficou para trás: em Vila do Conde, os reis foram os homens da casa.

Rio Ave-Sporting. Há falar e há fazer. E este leão não fez

Como em todos os vícios, há um problema inerente ao péssimo costume de se falar de mais: depois, é preciso fazer. Caso contrário, corre-se o risco de perder o crédito que, porventura, havia sido ganho com grande mérito.

Foi isto que aconteceu ao Sporting nos últimos dias: depois da belíssima exibição no Santiago Bernabéu, onde vulgarizou o Real Madrid durante 89 minutos, Jorge Jesus não perdeu uma oportunidade para se gabar. Ontem, em Vila do Conde, onde é que andou essa equipa que verga galáticos perante o mais modesto Rio Ave? Ninguém sabe – como o resultado final indica: 3-1.

Houve uma grande oportunidade para o estreante André, que atirou para as mãos de Cássio, mas depois, só deu Rio Ave. Quis o destino que a caixa de Pandora fosse aberta aos 29 minutos pelo capitão Tarantini – Roderick, o central que, à Beckenbauer, arrancou até à área contrária, fez o que quis de Adrien e Coates e cruzou atrasado para o Zorro vila-condense.

Sete minutos depois, um passe extraordinário de Gil Dias isolou Guedes, que não falhou na cara de Patrício. E aos 43’, papéis invertidos: Guedes cruzou e Gil Dias bateu o guarda-redes campeão europeu. O golo de Bas Dost não chegou para amenizar a pálida imagem deste leão.