Paris. Assalto a Kim Kardashian pode agravar crise no turismo

Receio de consequências por causa do que aconteceu à celebridade norte-americana junta-se à debandada que se registou com os atentados

Kim Kardashian foi assaltada em Paris, França, mas as consequências do que aconteceu à celebridade norte-americana vão muito além do valor das joias que desapareceram. Acima de tudo, algumas autoridades francesas temem que o roubo tenha impacto no turismo, que já soma prejuízos por causa dos atentados terroristas do ano passado.

Enquanto alguns minimizam o caso, há quem defenda que estes acontecimentos só servem para afastar os turistas que procuram a capital francesa. “Podemos fazer todas as publicidades possíveis para atrair turistas a Paris. Isso acaba de ser brutalmente anulado com o caso da Kardashian”, explica, por exemplo, a deputada Nathalie Kosciusko-Morizet.Ainda que nem todos concordem com este argumento, a verdade é que os atentados em Paris, em novembro do ano passado, penalizaram desde cedo o setor.

Perante o receio de novas investidas, houve um verdadeiro travão nas viagens. Um dos impactos mais imediatos foi na bolsa. Todo o setor começou a ressentir-se, com o índice que agrega desde companhias aéreas a restaurantes e hotéis a ganhar grande destaque nas perdas. No mês de agosto, as consequências ainda se sentiam na capital francesa. Os turistas ainda não tinham começado a voltar em peso à Cidade-Luz. França já tinha perdido 750 milhões de euros.O cenário que acompanhou a capital francesa durante os meses a seguir aos atentados ficou marcado, acima de tudo, por uma baixa ocupação hoteleira e de restaurantes, que já viram melhores dias e mais turistas.

Em abril, por exemplo, a taxa de ocupação caiu cerca de 11 pontos, chegando a atingir os 70%, em comparação com 81,4% do ano anterior. Como forma de atrair mais turistas, os hotéis baixaram os preços e, de acordo com o indicador RevPar, registou-se mesmo uma queda de quase 20% na faturação. No entanto, nem todos acreditam que o que aconteceu a Kim Kardashian possa mudar a vontade dos turistas de visitar a capital francesa.

A presidente da Câmara Municipal de Paris, Anne Hidalgo, por exemplo, já fez saber através de comunicado que se trata de um “acontecimento raro”. “Este acontecimento raríssimo, ocorrido num local privado, não coloca em dúvida o trabalho dos polícias e a segurança no espaço público parisiense”, disse, acrescentando que “utilizar o caso para polémicas é prejudicar o setor do turismo e os 500 mil empregos que ele representa na região”.Roubo de milhões Aos órgãos de comunicação franceses, as autoridades parisienses confirmaram que o roubo deve estar avaliado em “vários milhões de euros, justificados principalmente com o desaparecimento de joias”.

No entanto, o valor ainda não é certo.Kim Kardashian foi assaltada em Paris, França, mas as consequências do que aconteceu à celebridade norte-americana vão muito além do valor das joias que desapareceram. Acima de tudo, algumas autoridades francesas temem que o roubo tenha impacto no turismo, que já soma prejuízos por causa dos atentados terroristas do ano passado.

Enquanto alguns minimizam o caso, há quem defenda que estes acontecimentos só servem para afastar os turistas que procuram a capital francesa. “Podemos fazer todas as publicidades possíveis para atrair turistas a Paris. Isso acaba de ser brutalmente anulado com o caso da Kardashian”, explica, por exemplo, a deputada Nathalie Kosciusko-Morizet.

Ainda que nem todos concordem com este argumento, a verdade é que os atentados em Paris, em novembro do ano passado, penalizaram desde cedo o setor. Perante o receio de novas investidas, houve um verdadeiro travão nas viagens. Um dos impactos mais imediatos foi na bolsa. Todo o setor começou a ressentir-se, com o índice que agrega desde companhias aéreas a restaurantes e hotéis a ganhar grande destaque nas perdas. No mês de agosto, as consequências ainda se sentiam na capital francesa. Os turistas ainda não tinham começado a voltar em peso à Cidade-Luz. França já tinha perdido 750 milhões de euros.

O cenário que acompanhou a capital francesa durante os meses a seguir aos atentados ficou marcado, acima de tudo, por uma baixa ocupação hoteleira e de restaurantes, que já viram melhores dias e mais turistas.

Em abril, por exemplo, a taxa de ocupação caiu cerca de 11 pontos, chegando a atingir os 70%, em comparação com 81,4% do ano anterior. Como forma de atrair mais turistas, os hotéis baixaram os preços e, de acordo com o indicador RevPar, registou-se mesmo uma queda de quase 20% na faturação.

No entanto, nem todos acreditam que o que aconteceu a Kim Kardashian possa mudar a vontade dos turistas de visitar a capital francesa. A presidente da Câmara Municipal de Paris, Anne Hidalgo, por exemplo, já fez saber através de comunicado que se trata de um “acontecimento raro”. “Este acontecimento raríssimo, ocorrido num local privado, não coloca em dúvida o trabalho dos polícias e a segurança no espaço público parisiense”, disse, acrescentando que “utilizar o caso para polémicas é prejudicar o setor do turismo e os 500 mil empregos que ele representa na região”.

Roubo de milhões De acordo com a imprensa internacional, foram roubadas joias avaliadas em cerca de 9 milhões de euros. Só uma das peças – o anel de casamento – valia cerca de 4 milhões.

Aos órgãos de comunicação franceses, as autoridades parisienses confirmaram que o roubo deve estar avaliado em “vários milhões de euros, justificados principalmente com o desaparecimento de joias”. No entanto, o valor ainda não é certo.