MAAT. Marcelo, selfies e mais de 15 mil pessoas

A enchente foi tal que levou ao encerramento da ponte pedonal de Belém. Aquando da reabertura total do museu já estará construída uma nova ponte, parte do projeto original do MAAT

Na passada segunda-feira, durante a apresentação à imprensa do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, Pedro Gadanho, o seu diretor, brincava com os jornalistas que esperava que nem todas as 17 mil pessoas que se tinham dito interessadas na página de Facebook criada a propósito da inauguração efetivamente marcassem presença. Não foram todas, mas o número não terá ficado longe. “Um fenómeno”, referiu Miguel Coutinho, o diretor da Fundação EDP.

Até às 19h, já mais de 15 mil pessoas tinham enfrentado as filas – sem desistirem – para conhecerem o edifício criado pela arquiteta inglesa Amanda Levete e que, juntamente com a Central Tejo, edifício equivalente ao antigo Museu da Eletricidade, forma agora o MAAT, espaço da Fundação EDP. Um número impressionante, mas que ainda terá subido consideravelmente, uma vez que este programa de 12 horas de inauguração apenas terminava às 00h, com a noite ainda a reservar espaço para a música, com o live set de Zebra Katz, os concertos de Carminho e de Dead Combo, o live AV set de Ryoji Ikeda e ainda o DJ set de Fatima al Qadiri a encerrar.

A enchente foi tal que obrigou ao encerramento da ponte pedonal que liga o Museu dos Coches à frente ribeirinha onde fica o MAAT, passando por cima da Avenida da Índia e da linha de comboio. Os agentes da PSP presentes no local recearam que o peso excecional pudesse pôr em risco a segurança dos visitantes e, após uma vistoria técnica conduzida por bombeiros e pela Proteção Civil, decidiram encerrar a ponte, encaminhando todos aqueles que desejavam atravessar a estrada rumo ao MAAT para a passagem subterrânea junto ao CCB.

Esta decisão reforça a necessidade da construção da ponte, já prevista no projeto inicial do MAAT, e que também será desenhada por Amanda Levete. Este equipamento partirá diretamente do MAAT e a Fundação EDP assegura que estará construído antes da reabertura total do museu, programada para março.

Entre os milhares de visitantes que ontem quiserem usufruir do dia aberto no MAAT, um destacou-se de forma inevitável. Marcelo Rebelo de Sousa, que já tinha estado presente na véspera, aquando da inauguração oficial do MAAT, quis repetir a visita, desta vez durante o dia e rodeado por milhares de pessoas. Igual a si próprio, o Presidente da República, que rumou ao MAAT após as comemorações do 5 de outubro, passeou no meio das pessoas e inclusive aceitou tirar selfies com todos aqueles que o pediram. Já na véspera, Marcelo Rebelo de Sousa havia sublinhado o facto deste ser “um museu ecuménico, aberto à sociedade”. Ontem esta ideia confirmou-se.