Portugal Masters: Ricardo Melo Gouveia visa Top 10

O n.º1 português e 95 europeu quer conseguir no Algarve o apuramento para o turkish airlines open, de 3 a 6 de novembro, para o qual se qualificam automaticamente os 70 primeiros da corrida para o Dubai.

Ricardo Melo Gouveia joga a partir de amanhã (quinta-feira) o seu segundo Portugal Masters consecutivo com o estatuto de melhor português no ranking mundial (161º classificado esta semana), mas é a sua primeira participação na prova como membro efetivo do European Tour.

Nesse sentido, a décima edição do mais importante torneio de golfe português é marcante para ele, numa altura da época em que já garantiu que irá permanecer na primeira divisão do golfe europeu em 2017.

Mas se a pressão do famoso “cartão” para 2017 não se coloca, há outro tipo de tensão, na medida em que procura ser o primeiro português a apurar-se para o DP World Tour Championship, no Dubai, de 17 a 20 de novembro.

Para isso, o português de 25 anos, residente em Londres, necessita de entrar na Final Series do European Tour.

O primeiro torneio da Final Series arranca dentro de duas semanas, o Turkish Airlines Open, ao qual só acedem automaticamente os 70 primeiros classificados na Corrida para o Dubai, mais 5 convidados e 3 turcos.

Na passada segunda-feira, Ricardo Melo Gouveia regressou ao Algarve, à casa dos pais no Algarve, nos arredores da Quinta do Lago, e hoje deu a sua primeira conferência de Imprensa.

Descontraído e sorridente, tinha acabado de participar no Pro-Am e logo à tarde, por volta das 16h30, irá entrar numa ação de promoção do torneio, organizada pelo European Tour Productions.

O desafio de habilidades com taco e bola consiste em tentar acertar numa garrafa de Superbock, situada a cerca de 30 metros das saídas do campo de treino do Victoria Golf Course.

Embora os media possam assistir ao evento desta tarde, as suas imagens televisivas e fotográficas desse “shot-out” só serão divulgadas na sexta-feira.

O nº1 português irá testar o seu virtuosismo junto de duas estrelas da seleção europeia que jogou a Ryder Cup há três semanas: o inglês Andy Sullivan, o campeão do Portugal Masters de 2015, e o belga Thomas Pieters, que há um ano fez um top-10 no torneio português de dois milhões de euros em prémios monetários.

«É uma semana muito especial para mim e para todos os portugueses. Nas últimas semanas não tenho jogado ao meu melhor nível mas a semana de treinos, quer em casa, quer já aqui, correu muito bem, pelo que vou sem expectativas, para dar o meu melhor em cada dia. Um bom resultado seria um top-10. Ficaria muito contente no final da semana se conseguisse obter esse resultado.

 «Sim, esse é o principal objetivo agora (a qualificação para a Turquia), ou seja, fazer uma boa semana aqui para conseguir ter hipóteses de entrar na Turquia e depois, se entrar na Turquia, terei de jogar bem para conseguir entrar depois na África do Sul e assim sucessivamente até ao Dubai.

«Não perguntei nada (ao European Tour sobre o resultado necessário para se apurar para a Turquia) mas tenho uma ideia, mais ou menos, porque há muitos jogadores que não vão à Turquia pela situação que se vive lá a nível de segurança. Acredito que o apuramento possa descer até por volta do 85º lugar (na Corrida para o Dubai), eu agora estou em 95º, portanto, tenho de fazer uma boa semana.

«Já não me recordo bem do que fiz no ano passado mas acho que foi uma preparação mais ou menos igual, vim na segunda-feira de manhã, e fiz nove buracos todos os dias até hoje, com um bocadinho de treino, mas tem corrido otimamente, estou a sentir-me muito mais confiante do que na semana passada. 

«É sem dúvida estranho (não ter aqui o Ricardo Santos e o Filipe Lima), eles estão a competir no Challenge Tour para tentarem estar aqui como membros efetivos no próximo ano e não fazia sentido estarem aqui este ano, uma vez que estão a lutar para conseguirem o cartão para o European Tour.

«Para o Pedro (Figueiredo) é importante, porque ele está numa fase menos boa, o Benfica é um clube conhecido, pode dar-lhe mais alguma visibilidade e ele sente-se bem ligado ao Benfica porque é um pouco fanático e está muito contente com esta nova ligação. Acho que pode ser positivo para os dois lados.

«Eu sou do Sporting, do rival, mas eu não sou tão fanático quanto o Pedro, por isso, talvez não faça tanto sem tido estar ligado ao meu clube do Sporting.

«Não sigo muito a Liga inglesa, sigo mais a espanhola e, claro, a portuguesa, por ser do Sporting, na Liga inglesa vejo os jogos grandes mas não tenho nenhum clube por que puxe. Em Inglaterra vou mais pelo Mourinho, portanto agora quero que o Man United ganhe para não estar sempre a ouvir bocas dos outros jogadores a dizerem mal do Mourinho».