NBA. Nova War(riors) com Durant, o temível

Com o início da 71.ª temporada da NBA, os olhos viram-se para a milionária contratação de Kevin Durant, que deixa para trás a sua “equipa do coração”, Oklahoma Thunder, e salta para uma equipa de superestrelas, Golden State Warriors, para se juntar a Stephen Curry

Jogou desde sempre nos Oklahoma City Thunder e tornou-se estrela sem conquistar título (coletivo) algum. Nove temporadas resumem-se em duas finais… perdidas. Em 2012 diante o poderoso trio composto por LeBron James, Chris Bosh e Dwyane Wade – Miami Heat – e na última temporada viu a tão desejada conquista roubada, na decisão da Conferência Oeste, pela equipa que pouco depois lutava, afincadamente, para lhe vestir a camisola… Golden State Warriors.

Kevin Durant, o menino de ouro do basquetebol, não precisou de levantar um troféu para se tornar um dos melhores jogadores da atualidade e um dos mais cobiçados.

Adorado pelo seu percurso dedicado e fiel, Kevin Durant conseguia tudo o que qualquer desportista pretende do público: apoio e elogios. Considerado um dos basquetebolistas mais completos da Liga, a 4 de julho chegou a dura notícia que poucos queriam ouvir. Está na hora do adeus.

A carta de despedida A evolução como “jogador e homem” foram a principal razão que Durant enunciou na carta para explicar a sua passagem para os Warriors. O jogador, de 28 anos, reforçou a necessidade de rumar a uma nova cidade, mas garante que o “apoio incondicional” permanece nas relações que desenvolveu ao longo destes nove anos. “Vou estimar para sempre as relações que fiz na organização – os amigos e companheiros com quem joguei por nove anos, e todos os fãs e pessoas da comunidade”, escreveu consciente das critícas de que poderia ser alvo. “Dói saber que vou desapontar muita gente”, e… desapontou. As critícas ao basquetebolista norte-americano não tardaram a chegar.

Chuva de critícas Charles Barkley, lendário ex-jogador dos Phoenix Suns, não demorou a pronunciar-se sobre o assunto. “Desapontado com a escolha de Kevin Durant”, Barkley foi mais longe e comparou a saído norte-americano à de LeBron James, quando em 2010 se juntou ao Miami Heat. Para Barkley tanto Durant como LeBron James procuraram fazer parte de uma equipa de estrelas para chegar ao objetivo final: vencer um anel da NBA. Larry Bird, considerado um dos maiores da história do basquetebol, também não ficou em silêncio e a alusão a LeBron James foi, igualmente, inevitável. “Eu nunca pensaria juntar-me a Magic Johnson (LA Lakers) para vencer um campeonato”, afirmou o ex-jogador dos Bolton Celtics nos anos 70 e 80.

Paul Pierce, atual jogador do Los Angeles Clippers, foi mais uma das figuras que ‘afundou’ Kevin Durant com comentários negativos à nova etapa. Para Pierce “quem quer ser o melhor tem de vencer aos melhores [e não juntar-se a eles]”, uma ideologia que leva consigo desde sempre, embora defenda que poucos a adoptem. “Hoje em dia preferem ser todos amigos” e o objetivo é só um. Serem campeões.

Bem-Vindo Durant Steve Kerr, novo treinador de Kevin, está longe de querer saber se o mais recente reforço da equipa desperta agora o género de “amor-ódio” entre colegas e adeptos. Kerr considerou Durant como um dos “jogadores mais adoráveis da liga” e um “ser humano extraordinário”.

Com o arranque da nova temporada (esta madrugada) há quem acredite, cada vez mais, numa guerra onde só há espaço para dez soldados (e mais alguns). Cavaliers, de LeBron James VS Warriors, de Steph Curry e do novato Durant, prometem incendiar a liga americana de basquetebol onde uns (Warriors) querem vingar a derrota da temporada passada e outros (Cavaliers) querem seguir a somar… mais uma vez. LeBron James já confirmou o desejo de nova vitória…

Que comece a guerra onde as restantes 28 equipas também vão lutar pelo protagonismo. E a primeira batalha não será fácil para a ‘nova’ equipa de Durant.

San Antonio Spurs são os primeiros a pisar o palco diante os vice-campeões e prometem dar luta. Pau Gasol integra a equipa ao lado de Manu Ginobili, Tony Parker, LaMarcus Aldrige e Kawhi Leonard.

Já LeBron James e companhia vão medir forças com os New York Knicks.

A 220 dias da grande final será que é caso para dizer: não há duas sem três?