Corrida entre um burro e um Ferrari foi cancelada

PSD acusa a Câmara de Lisboa de ter cancelado o evento. Autarquia nega

A corrida entre um burro e um Ferrari, organizada para esta sexta-feira pelo PSD, foi cancelada.

Segundo um comunicado enviado para as redações, o sociais-democratas dizem que foi a Câmara de Lisboa que proibiu a realização do evento, que iria recriar uma corrida realizada por António Costa em 1993, na altura em que era candidato à Câmara de Loures.

“O PSD Lisboa recebeu hoje uma notificação da Câmara da capital proibindo a realização da 2.ª edição da corrida entre um burro e um Ferrari”, lê-se na nota de imprensa. Notificação que dizem ter recebido com “estupefação”, uma vez que “a 1.ª edição deste evento, organizado em 1993 pelo atual primeiro-ministro, decorreu dentro da normalidade e sem nenhum constrangimento”.

A Câmara, no entanto, nega ter cancelado o evento. “A Câmara Municipal de Lisboa desmente categoricamente que tenha tomado qualquer pronúncia ou deliberação sobre a corrida marcada pelo PSD para amanhã, sexta-feira, dia 4 de Novembro, muito menos a sua proibição”.

A autarquia explica ainda que “tomou conhecimento, durante o dia de hoje, da existência de um parecer da Provedora Municipal dos Animais de Lisboa”, que recomenda ao PSD não utilizar um burro na corrida. “Não só esse parecer não proíbe a iniciativa, como a Provedora Municipal dos Animais de Lisboa é uma estrutura independente dos serviços da Câmara”, acrescenta.

O comunicado do PSD explica ainda que o objetivo da corrida era “apenas saber qual a melhor forma de fazer face ao tráfego caótico que os lisboetas enfrentam diariamente na capital, originado pelas obras que decorrem um pouco por toda a cidade”.

O líder da concelhia social-democrata de Lisboa, Mauro Xavier, escreveu mesmo uma carta à provedora Inês Sousa Real, onde diz não haver “qualquer razão ou fundamento” para o cancelamento do evento, ressalvando que este se iria realizar “em melhores condições uma vez que esta prova, ao contrário do que aconteceu no evento original, iria decorrer com o acompanhamento de um médico veterinário para garantir o bem-estar do burro”.