Paulo Macedo é um dos nomes do plano B para a Caixa

António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa já estão a pensar num plano alternativo para a CGD

Paulo Macedo, Carlos Tavares e Nuno Amado são alguns dos nomes pensados pelo Governo e pelo Presidente da República como alternativa a António Domingues, caso a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) decida demitir-se.

A notícia foi avançada esta sexta-feira pelo Jornal de Negócios e o Dinheiro Vivo.

Macedo, ex-ministro da Saúde e atual administrador da Ocidental Vida, é o nome mais consensual pela sua experiência não só política como bancária – esteve na administração do BCP. Requisitos também partilhados por Carlos Tavares: é atual presidente da CMVM e foi ministro de Durão Barroso, mas é conhecida a sua difícil relação com o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. Nuno Amado, presidente-executivo do BCP, também está na lista, mas não deverá avançar “por considerar não estar concluído o seu projeto" no banco, justifica o Negócios.

Nomes que continuarão num cenário hipotético, pelo menos nos próximos tempos. Isto porque o primeiro-ministro não fará convites formais até a administração da Caixa responder ao Constitucional – os gestores têm até 9 de dezembro para dar uma resposta ao Tribunal Constitucional.

O Público avançou hoje que a equipa de António Domingues iria demitir-se se o TC não aceitar manter as declarações de património e rendimentos em sigilo até ao fim do mandato. Decisão que já tinha sido transmitida tanto ao Governo como ao Presidente da República. Como se trata de um cenário improvável, já estavam mentalizados para perder os gestores da Caixa.

O diário referia ainda que há seis membros da administração que não queriam ver as suas declarações tornadas públicas. Caso a nova administração tenha mesmo de entregar os documentos, Domingues considera que a sua liderança fica em causa, uma vez que tinha assegurado aos gestores que não seria necessário entregar as declarações.