Ministro da Saúde anuncia reequipamento tecnológico e autonomia para hospitais

Oposição não poupa nas críticas e diz que o ministro é um encantador de serpentes

Os equipamentos pesados do Serviço Nacional de Saúde vão ser renovados até ao final de 2019 para garantir uma “resposta de qualidade”. A garantia foi dada esta manhã no parlamento por Adalberto Campos Fernandes, que fala da “maior vaga de modernização tecnológica do SNS”. O ministro da Saúde promete um plano de reequimento tecnológico do SNS para o período 2017-2019 com um calendário definido, verbas públicas e fundos comunitários. A degradação da capacidade de resposta do SNS em exames avançados como ressonâncias, com tempos de espera elevados e aparelhos obsoletos, tem motivado críticas de várias frentes. E demissões. Em Outubro, Filipe Caseiro Alves, diretor do Serviço de Imagiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, apresentou a demissão pela a falta de condições com que os profissionais de saúde se deparam ao nível de equipamentos e de material clínico.

Adalberto Campos Fernandes adiantou que o levantamento está feito e revelou que os hospitais que tiverem um melhor desempenho terão prioridade no investimento, que até aqui está sujeito a haver verbas mas também a autorização superior da tutela sempre que os montantes ultrapassem 25 mil euros.

O ministro da Saúde revelou que já a partir de janeiro de 2017 os hospitais públicos terão mais autonomia, não concretizando que medidas serão tomadas.

PSD ataca: “encantador de serpentes”

O debate arrancou com a promessa da tutela de que o orçamento para 2017 é “equilibrado e justo”. O PSD recusa qualquer cenário de melhoria e compara Adalberto Campos Fernandes a um “encantador de serpentes”, com a previsão de défice a derrapar este ano, o aumento da dívida e cortes projetados no próximo ano em áreas como medicamentos e dispositivos de consumo clínico, o que a tutela garante que irá resultar de maior centralização de compras e internalização da resposta.