César desdramatiza juros da dívida a rondar os 4%

Com os juros da dívida portuguesa a 10 anos a rondarem os 4%, Carlos César continua sem acreditar que vem aí o Diabo. E entende que pode ser uma questão de tempo até que os bons resultados da economia portuguesa tenham reflexo nos juros a que Portugal se financia.

O líder da bancada parlamentar socialista acredita que é preciso dar tempo aos mercados para que "materializem" as boas notícias do crescimento do PIB, da queda do desemprego e da subida do investimento estrangeiro nos juros a 10 anos.

"Certamente que não deixarão de se fazer repercutir as boas notícias", acredita César, que não vê a questão da dívida como um problema apenas português e defende que qualquer renegociação terá de ser feita no quadro europeu e nunca de forma unilateral.

"Nós entendemos que as questões envolventes da reestruturação da dívida só podem ser resolvidas no âmbito multilateral em que nos inserimos e é nessa perspectiva que temos de forma frequente refletido em conjunto com os nossos parceiros europeus", argumenta Carlos César, explicando que o PS continua a não alinhar com BE e PCP na forma de lidar com o problema da dívida pública.

"Não é um problema português. É um problema também que diz respeito a outros países e merecerá por isso uma solução conjunta a seu tempo -e espero que breve – no contexto europeu", sublinhou César em declarações aos jornalistas à margem das jornadas parlamentares do PS que decorrem no distrito da Guarda.