Belém. Presidente Marcelo aponta prioridades para o país

Presidente defende a importância de estabilizar a banca e de ter um governo e uma oposição fortes

Um ano depois da tomada de posse do governo de António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa resume numa palavra aquelas que devem ser as prioridades do país: estabilidade. O Presidente da República considera que estabilizar o sistema financeiro deve ser uma “prioridade nacional” e defende que Portugal só tem a ganhar em ter também estabilidade no governo e na oposição.

“Não há economia que possa garantir crescimento e emprego e, por isso, justiça social, se não tiver uma capacidade de financiamento que sustente esses imperativos e que passa pelo sistema financeiro”, avisou ontem Marcelo Rebelo de Sousa num discurso no Porto.

Marcelo considera que pode haver “contratempos” e que será um processo “difícil”, mas entende que a estabilização e a consolidação do sistema financeiro português “é uma prioridade nacional”.

Horas antes, o Presidente tinha desvalorizado a notícia do “Expresso” que dava conta do seu alegado desagrado com o avanço de Rui Rio para disputar a liderança a Pedro Passos Coelho, mas sem deixar de defender a importância de ter não só um governo forte, mas também uma oposição forte.

“Para o país é bom que o governo seja forte, mas também é muito bom que a oposição seja forte, agora quem vai liderar qualquer dos partidos no futuro é uma decisão dos partidos, a pior coisa que o Presidente da República pode fazer é estar a imiscuir-se na vida dos partidos, tem de ter uma posição arbitral”, defendeu o Presidente da República em declarações aos jornalistas.

Rebelo de Sousa não resistiu, porém, a citar a sondagem da Universidade Católica para a “RTP”, “Antena 1”, “Jornal de Notícias” e “Diário de Notícias” que mostra que “em dezembro de 2015 eram metade os que acreditavam num governo até ao fim do mandato (35%) e quase o triplo os que prognosticavam a sua caducidade (52%)”. E voltou a defender a “estabilização de propostas políticas”, dando a entender que a turbulência interna no PSD não vem em boa altura.