Padre esquece Adelino Amaro da Costa

Na missa que relembrava a tragédia de Camarate, o padre referiu apenas Francisco Sá Carneiro

Hoje, às dez de manhã, na Basílica da Estrela, amigos, admiradores e familiares de Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro de Costa reuniram-se para celebrar uma missa pela sua memória. Foi o 36º aniversário da tragédia de Camarate.

O PSD fez-se representar por Maria Luís Albuquerque e Teresa Morais, vice-presidentes do partido, e por Pedro Reis, que preside ao instituto Francisco Sá Carneiro. Os sociais-democratas sentaram-se na primeira fila, à esquerda.

À direita, também na primeira fila, o CDS-PP tinha a sua presidente, Assunção Cristas, o seu líder de bancada, Nuno Magalhães, e o deputado Anacoreta Correia.

Na homília, todavia, o sacerdote que celebrou a missa não referiu Adelino Amaro da Costa, ficando-se pela menção a Francisco Sá Carneiro. "Estamos aqui para lembrar um homem: Francisco Sá Carneiro", afirmou. "Eu sou angolano mas conheço bem a história", adiantou também, completando que "os grandes não morrem, permanecem através das suas memórias e dos seus feitos".

O sacerdote fez até um paralelo com a tragédia de Camarate e o recente acidente aéreo que vitimou a equipa de futebol brasileira, Chapecoense.

Anacoreta Correia veio compensar o esquecimento, pedindo pela memória do fundador do seu partido quando leu uma oração no púlpito, assim como por Sá Carneiro e todos os tripulantes falecidos. O deputado utilizou a expressão "atentado" para se referir à tragédia de Camarate.

Na conclusão da cerimónia, o padre acabou por mencionar Adelino Amaro da Costa mas quando leu a lista dos nomes dos defuntos.