Nuno Melo: “O governo não retirou as medidas para além da troika”

Nuno Melo apontou ao governo socialista de António Costa: “ É preciso perceber que os extremismos não estão só lá fora”

Num fim de semana de reunião europeia entre a juventude partidária do CDS-PP e a Fundação Konrad Adenauer cujo tema foi “Face ao Futuro” e que contou com vários oradores estrangeiros e dos quadros internos (ver pág. 6), o eurodeputado Nuno Melo foi convidado pela Juventude Popular para encerrar o evento.

O vice-presidente do CDS insistiu na ideia de que é possível ser europeísta e patriota simultaneamente e que a Europa é “utilizada como desculpa para os fracassos socialistas”. Nesse sentido, Melo afirmou que “no meio de tanta reversão, o governo do PS não retirou as medidas além da troika”. Acerca do executivo socialista, o antigo deputado parlamentar do CDS recordou uma frase de Jorge Sampaio (“Há vida para além do défice”) que contrastará “com um PS que agora só tem o défice como referência”.

Por isso, considerou António Costa “um imediatista”, e o seu governo “um caso de publicidade enganosa”. Das novidades parlamentares, Melo juntou-se ao presidente da JP e a Mota Soares na crítica ao voto de pesar pela morte de Fidel Castro. “Não se homenageou apenas um ditador, homenageou–se a ausência de justiça – uma justiça que as suas vítimas mereciam.” O eurodeputado apelou a “uma visão pragmática da União Europeia” nos tempos que correm porque “Portugal não está na Europa de favor nem por favor”.

“Se a paz é o primeiro e mais importante princípio da Europa, o Brexit é um primeiro grande fracasso”, lembrou. “São 70 milhões de consumidores que perdemos.” Para auxiliar a contextualização, Melo fez uma retrospetiva histórica sobre a construção do projeto europeu. Relembrou Helmut Kohl – a ideia de que mais Europa pode ser menos Europa – no sentido em que uma União de diversidades não tem nem deve ser uma União uniformizada. “Não acredito que um português possa ser transformado num nórdico”, brincou, acrescentando depois que “uma artificial uniformização da Europa levaria ao colapso da Europa”.

Para Melo, a chave está “na ideia de subsidariedade”. É também assim sustentado que defendeu “que um exército europeu não faria um melhor trabalho que a NATO”. O centrista advertiu que “é preciso perceber que os extremismos não estão só lá fora” – “não podemos ter um extremismo de direita que é mau e um extremismo de esquerda que é bom, na Europa ou em Portugal”. Sob o olhar focado da jovem plateia, Melo apontou ainda: “Nós, que somos democratas, preocupamo-nos com ambos os extremismos”.

No fim houve lugar para uma foto de família com os 80 jovens que participaram no fim de semana, o seu presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, os responsáveis da Fundação Adenauer, o presidente do CDS/Açores, Artur Lima, e o orador do dia, Nuno Melo. Num fim de semana de reunião europeia entre a juventude partidária do CDS-PP e a Fundação Konrad Adenauer cujo tema foi “Face ao Futuro” e que contou com vários oradores estrangeiros e dos quadros internos (ver pág. 6), o eurodeputado Nuno Melo foi convidado pela Juventude Popular para encerrar o evento.

O vice-presidente do CDS insistiu na ideia de que é possível ser europeísta e patriota simultaneamente e que a Europa é “utilizada como desculpa para os fracassos socialistas”. Nesse sentido, Melo afirmou que “no meio de tanta reversão, o governo do PS não retirou as medidas além da troika”.

Acerca do executivo socialista, o antigo deputado parlamentar do CDS recordou uma frase de Jorge Sampaio (“Há vida para além do défice”) que contrastará “com um PS que agora só tem o défice como referência”. Por isso, considerou António Costa “um imediatista”, e o seu governo “um caso de publicidade enganosa”.

Das novidades parlamentares, Melo juntou-se ao presidente da JP e a Mota Soares na crítica ao voto de pesar pela morte de Fidel Castro. “Não se homenageou apenas um ditador, homenageou–se a ausência de justiça – uma justiça que as suas vítimas mereciam.”

O eurodeputado apelou a “uma visão pragmática da União Europeia” nos tempos que correm porque “Portugal não está na Europa de favor nem por favor”.

“Se a paz é o primeiro e mais importante princípio da Europa, o Brexit é um primeiro grande fracasso”, lembrou. “São 70 milhões de consumidores que perdemos.”

Para auxiliar a contextualização, Melo fez uma retrospetiva histórica sobre a construção do projeto europeu. Relembrou Helmut Kohl – a ideia de que mais Europa pode ser menos Europa – no sentido em que uma União de diversidades não tem nem deve ser uma União uniformizada.

“Não acredito que um português possa ser transformado num nórdico”, brincou, acrescentando depois que “uma artificial uniformização da Europa levaria ao colapso da Europa”. Para Melo, a chave está “na ideia de subsidariedade”. É também assim sustentado que defendeu “que um exército europeu não faria um melhor trabalho que a NATO”.

O centrista advertiu que “é preciso perceber que os extremismos não estão só lá fora” – “não podemos ter um extremismo de direita que é mau e um extremismo de esquerda que é bom, na Europa ou em Portugal”. Sob o olhar focado da jovem plateia, Melo apontou ainda: “Nós, que somos democratas, preocupamo-nos com ambos os extremismos”.

No fim houve lugar para uma foto de família com os 80 jovens que participaram no fim de semana, o seu presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, os responsáveis da Fundação Adenauer, o presidente do CDS/Açores, Artur Lima, e o orador do dia, Nuno Melo.