INEM demora três minutos a atender chamadas

Manuais aconselham a que o tempo de espera seja sete segundos

O Sindicato da Função Pública do Norte denunciou ontem que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) demora “mais de três minutos” a atender chamadas de quem pede socorro, em vez dos sete segundos aconselhados nos manuais mundiais. "Aquilo que diz os manuais mundiais é que as chamadas de emergência médica devem ser atendidas em média em sete segundos. Nós temos provas de que algumas chamadas chegam a demorar mais de três minutos", disse Orlando Gonçalves, coordenador do Sindicato.

Para além disso, o Sindicato revelou que mais de 26% das chamadas são perdidas. A forma “negativa” com funciona o atendimento é, segundo o mesmo organismo, consequência da falta de recursos humanos – Orlando Gonçalves defendeu que o INEM precisa de pelo mais 30% de trabalhadores para além dos cerca de mil operadores que tem atualmente.

O sindicalista refere que o INEM "vive ou sobrevive" com o dinheiro dos seguros: "1% de todos os seguros automóveis que nós [portugueses] pagamos", afirmou. Orlando Gonçalves recordou que em 2005 aquela instituição "devolveu ao Tesouro Público 7,3 milhões de euros".