Televisão. Murdoch paga 13,9 mil milhões de euros para controlar Sky

Gigante americano passará a ter acesso a plataforma de distribuição na Europa

O magnata Rupert Murdoch, através da 21st Century Fox, ofereceu 11,7 mil milhões de libras (cerca de 13,9 mil milhões de euros) para comprar a posição da Sky que ainda não controlava. A Fox formalizou uma oferta de 10,75 libras por ação da Sky, uma oferta que avalia o gigante de media britânico em 18,5 mil milhões de libras. Ou seja, em 22,3 mil milhões de euros. A Fox espera concluir o negócio até ao final de 2017.

Mas para controlar a Sky – que foi também fundada por Murdoch em 1989 – onde detinha apenas 39% do grupo britânico, o magnata de 85 anos terá de receber luz verde por parte dos reguladores, além de ter de convencer os acionistas minoritários da empresa, assim como o setor político britânico. Isto porque o arlamento britânico poderá remeter o negócio para o regulador das telecomunicações, por considerar que o negócio dará demasiada influência a Murdoch que detém um império na área dos media.

Só no Reino Unido, Murdoch detém os jornais “Sun”, o “Times” e o “Sunday Times”. No entanto, alguns investidores da Sky receiam que a oferta não tenha sido justa para os acionistas, dada a relação entre a Fox e a Sky.

Mercado Ao controlar a Sky, a Fox — que detém, entre outras, as cadeias de televisão FX e National Geographic — consegue reforçar a sua presença na Europa, garantindo uma forte plataforma de distribuição de televisão no continente. A Sky, por si só, presta serviços de televisão por satélite a mais de 21 milhões de clientes no Reino Unido, Irlanda, Itália e Alemanha.

Não é a primeira vez que a família Murdoch tenta assumir o controle da Sky. Já em 2012 tinha havido uma tentativa de aquisição, quando a estação se chamava BSkyB .

Esta movimentação surge num momento em que o setor dos media internacionais têm estado sob a atenção de empresas de telecomunicações. Nos Estados Unidos, a AT&T avançou para a compra da Time Warner. Já em Portugal discute-se uma eventual compra da TVI pela Altice, os donos do MEO.