Jerónimo questiona: “18 meses é uma pena suspensa” para contratos coletivos?

“18 meses é uma pena suspensa?”, questionou o líder comunista que reclama o fim da caducidade da contratação coletiva.

No dia em que decorre a reunião da concertação social, Jerónimo de Sousa veio lembrar que quem decide o salário mínimo nacional é o Governo e "não qualquer acordo".

O líder do PCP criticou ainda as cedências propostas pelo Governo aos patrões na descida de 1% da TSU e o facto de a suspensão da caducidade dos contratos coletivos vigorar durante apenas 18 meses.

"18 meses é uma pena suspensa?", questionou o líder comunista que reclama o fim da caducidade da contratação coletiva.

Costa diz que é preciso ajudar as empresas

"Não é uma pena suspensa. É um incentivo a todos, para que se sentem à mesa, negoceiem e encontrem forma de retomar a contratação coletiva", respondeu António Costa, que defendeu a descida de 1% da Taxa Social Única como uma forma de compensar as empresas pelo esforço de aumentar para os 557 euros o salário mínimo já em 2017.

"Entendemos que o esforço pode ser partilhado", argumentou Costa, que vê no salário mínimo "também um instrumento de combate às desigualdades sociais" e justifica assim todo o esforço feito para subir o seu valor.

Para o primeiro-ministro, ajudar as empresas a suportar este esforço é importante porque é uma forma de conseguir que  "tenham condições para fazer investimento" depois de anos de crise e tendo em conta que muitas não poderão continuar a laboral se não puderem investir na renovação das suas máquinas e instalações.