Criança morre porque pais “rezaram em vez de chamar a ambulância”

Um menino de sete anos morreu depois dos pais preferirem rezar por ele em vez de o levarem para o hospital.

O caso aconteceu no Minnesota, nos Estados Unidos, em março de 2016. Os pais são agora acusados de negligência e devem ser presentes a tribunal este mês.

Durante algumas semanas, Seth Johnson sofreu de uma pancreatite aguda e de uma infeção geral grave. No entanto, os pais nunca o levaram a uma unidade de saúde.

Segundo a acusação feita, o menino chegou a ficar em casa aos cuidados do irmão de 16 anos, numa altura em que os pais saíram de casa para ir a uma casamento. Quando regressaram a casa, o estado de saúde de Seth tinha piorado e os pais optaram por rezar por ele e metê-lo na cama para dormir.

Os pais só chamaram as autoridades e a ambulância quando encontraram a criança inconsciente e coberta pelo próprio vómito. “Não conseguimos compreender como é que um pai deixa um filho muito doente aos cuidados de um adolescente, de modo a sair no fim de semana”, afirmou o advogado Mike Freeman ao The Independent.

“Nem conseguimos compreender como é que os pais se recusaram a voltar para casa no domingo de manhã para cuidar do filho doente, quando foram avisados acerca da sua condição. Também é difícil compreender porque é que os pais não chamaram uma ambulância no domingo à noite, de modo a obter ajuda médica imediata, quando chegaram finalmente a casa”, avança ainda a mesma fonte.

De acordo com o advogado, apensar de Timothy e Sarah se declararem inocentes, o Ministério Público irá usar todos os meios e recursos que tiver para os declarar culpados. Um documento escrito pelo Ministério conta como é que o casal conheceu Seth aos três anos, quando o adotou aos quatro anos e como o educou em casa.

O documento diz ainda que o casal afirmou que o comportamento do menino tinha mudado nas últimas semanas, parou de dormir, ficou com as pernas cheias de bolhas, lesões nos calcanhares, passou a demorar mais tempo a comer as refeições e, às vezes, atirava-se das escadas abaixo.

No entanto, os pais adotivos nunca procuraram ajuda profissional.