ADSE garante que paga “ainda hoje” os reembolsos aos funcionários públicos

A ADSE garante que os serviços têm vindo a processar transferências bancárias para pagar os reembolsos nos últimos cinco dias. O instituto público acrescenta que hoje ficam liquidados todos os valores pendentes. 

O esclarecimento da ADSE vem confirmar as notícias divulgadas em vários órgãos de comunicação social, que referem que o subsistema de saúde não estava, desde dezembro, a reembolsar as despesas aos funcionários públicos. Mas a ADSE garante que desde 19 de janeiro que a situação está a ser regularizada.

“Até ao dia 19 de janeiro, os serviços da ADSE não procederam ao pagamento desses reembolsos” devido aos “necessários ajustamentos decorrentes da transformação da Direção Geral da ADSE num Instituto Público de gestão participada, pela publicação do Decreto-Lei n.º 7/2017, no dia 9 de janeiro”, justifica a ADSE em comunicado.

Na nota, a ADSE justifica ainda que “estes ajustamentos de natureza burocrática, relativos à constituição do novo Instituto obrigaram a diversas interações com o IRN – Instituto dos Registos e Notariado, a DGO – Direção Geral do Orçamento, a ESPAP e o IGCP”, tendo “todas estas necessárias tramitações burocráticas” sido efetuadas entre 09 e 18 de janeiro, ou seja, “num prazo excecionalmente reduzido (oito dias úteis)”.

No entanto, a ADSE garante que “desde o passado dia 19 de janeiro e nos dias úteis subsequentes (dia 20 e 23 de janeiro) a ADSE procedeu já ao processamento de várias transferências bancárias diárias para pagamento dos reembolsos, sendo que com a realização de um outro pagamento ainda hoje, ficam liquidados aos beneficiários a totalidade dos valores pendentes”.

A SIC Notícias avançou ontem que “desde dezembro que a ADSE não reembolsa as despesas de saúde aos funcionários públicos, uma situação que se prende com a passagem do subsistema de saúde a instituto público de gestão participada”.

Também a Lusa noticiou, no passado dia 11 de janeiro, que o CDS-PP questionou o Ministério da Saúde sobre alegados atrasos nos pagamentos aos beneficiários. Nessa data, o CDS referiu ter conhecimento de “relatos preocupantes” que davam conta de demoras de até 150 dias no pagamento aos beneficiários.