Dois atos que, embora muito diferentes, exprimem humanidade

O primeiro, é a entrega na quarta-feira de uma petição pedindo a despenalização da morte assistida a doentes em estado terminal. De facto, não vejo muito bem porque se há de prolongar inutilmente o sofrimento dos doentes em estado terminal, se estes não o desejarem. E tenho de elogiar a coragem de Assunção Cristas, líder…

O primeiro, é a entrega na quarta-feira de uma petição pedindo a despenalização da morte assistida a doentes em estado terminal. De facto, não vejo muito bem porque se há de prolongar inutilmente o sofrimento dos doentes em estado terminal, se estes não o desejarem. E tenho de elogiar a coragem de Assunção Cristas, líder do democrata-cristão CDS – PP, em admitir um referendo sobre a eutanásia. De certeza que terá tido algumas dificuldades em passar esta posição no seio do seu partido. Mas, como ela sabe bem, o cristianismo é uma religião de misericórdia.

O segundo ato de humanidade foi tomado pelo governo regional de Madrid ao proibir os circos com animais. A proposta legislativa, segundo o Diário de Notícias online, foi presente pela presidente da câmara de Madrid, contou com os votos favoráveis dos socialistas do PSOE e do Ciudadanos, e com o voto contra do PP espanhol. Pode-se ler na legislação agora aprovada que os animais têm o direito de “não serem vítimas de maus tratos e não serem submetidos a esforços ou atos cruéis que provoquem sofrimento, ansiedade ou stress.”

Segundo uma citação de Leonardo da Vinci: “Virá o tempo em que os homens como eu olharão para o assassínio de animais como para o assassínio de um dos seus”. E, tratar os animais como eles são tratados nos circos leva-os a uma existência degradante a uma morte desumana. Se querem ir ao circo, escolham um que não tenha animais.