Pedida nova condenação para mulher que colocou filho morto em saco do lixo

Foi pedida uma análise do estado de saúde mental da arguida 

A procuradora do Ministério Público do tribunal de Aveiro, não duvida de que Paula Fernandes, de 45 anos, “não sentiu nenhum remorso” por ter asfixiado o bebé e tê-lo colocado no caixote do lixo, em maio de 2011.

A magistrada garante que a professora saiu com muita calma da casa de banho da escola primária de Ponte de Vagos, com a mala onde estava o cadáver do recém-nascido. Nunca mostrou sinais de arrependimento, “não chorou, não mostrou qualquer sentimento de angústia com a perda do bebé”. Ontem, dia 1 de fevereiro, nas alegações finais, foi pedida a condenação de Paula.

A mulher tinha sido condenada a 13 anos de cadeia mas o Supremo Tribunal de Justiça mandou repetir o julgamento de forma a avaliar e perceber qual o fundamento do crime e compreender as circunstâncias psíquicas e emocionais da professora de Vagos.

Os juízes conselheiros ordenaram uma avaliação psiquiátrica à arguida, mas a procuradora garante que não vai servir de nada, “o relatório falece na sua credibilidade uma vez que apenas constam as informações facultadas pela arguida e posteriores consultas médicas.

A magistrada classifica o crime como sendo algo “macabro”, “perturbador” e “tenebroso”, destacando ainda a frieza com que a arguida ultrapassou o caso, “colocou o filho morto no saco, no meio do lixo, com pensos, papéis ensaguentados e a tesoura com a qual cortou o cordão umbilical. A casa de banho era, de acordo com as amigas da arguida, um cenário de horror”, referiu.