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Coca-Cola. Presidente da empresa confrontado com a quantidade de açúcar por copo [vídeo]

O vídeo não é novo e a entrevista também não. Mas o assunto não podia estar mais na ordem do dia.

Coca-Cola. Presidente da empresa confrontado com a quantidade de açúcar por copo [vídeo]

Na semana em que foi dado o pontapé de saída para aumentar os refrigerantes com açúcar, há quem recorde uma entrevista da BBC onde fica claro qual é a quantidade de açúcar que tem um copo grande de Coca-Cola.

Na altura, o presidente europeu da marca, James Quincey, foi confrontado com a quantidade de açúcar pelo jornalista Jeremy Paxman e teve de responder. Conclusão: falamos de uma quantidade que a maioria não quis acreditar que fosse possível existir em apenas um copo desta bebida.

O melhor é ver o vídeo:

Governo ataca açúcar nas bebidas

A medida estava prevista no Orçamento do Estado para este ano e vai fazer com que, por exemplo, uma garrafa de refrigerante passe a ser 15 cêntimos mais cara se tiver um teor de açúcar de até 80 gramas por litro. Já no caso de ter um teor de açúcar acima deste valor, encarece 30 cêntimos.

Ficam ainda sujeitas a este imposto as bebidas com um teor alcoólico superior a 0,5% vol. e inferior ou igual a 1,2% vol., como, por exemplo, a sidra ou o hidromel. Também as águas, o que inclui as gaseificadas e as minerais, sofrem um aumento, servindo a receita do imposto para a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde.

Fat Tax sem exceção

No início desta semana, com os aumentos a bater à porta, voltou à ordem do dia a discussão sobre o facto de o novo imposto ser discriminatório. Para a Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas (Probeb), o imposto sobre os refrigerantes com açúcar é, acima de tudo, uma medida “discriminatória” que pode colocar em causa a sustentabilidade da indústria nacional por causa da diferença fiscal com o país vizinho.

Para o setor, está a haver um insuficiente nível de harmonização fiscal: “É particularmente gravoso quando comparado com Espanha, onde a estes produtos é aplicada a taxa de IVA de 10% (em Portugal, 23%) e onde não há impostos especiais sobre esta categoria de bebidas. A brutalidade do diferencial fiscal com Espanha compromete o desempenho e ameaça a sustentabilidade da indústria nacional do setor.”

O imposto sobre gorduras e açúcares – conhecido como fat tax – começou desde cedo a gerar contestação. Aliás, assim que o novo imposto foi anunciado, a indústria começou a alertar para as consequências da decisão do executivo de António Costa. “É uma imposição arbitrária e discriminatória com um fim puramente fiscal, um imposto que levará na UE à maior carga fiscal sobre este tipo de bebidas”, explicou Francisco Furtado de Mendonça, secretário-geral da Probeb.

Com várias marcas na mira do novo imposto, nomeadamente a Coca-Cola e a Pepsi, não falta quem garanta no setor que todas “as empresas/marcas de bebidas refrigerantes serão afetadas”. Acima de tudo, para a indústria, estão em causa efeitos negativos na atividade de muitas empresas em Portugal.

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