Restaurantes chineses. O ano é do galo, mas há muito mais para comer

A china já entrou no ano do Galo e Portugal aproveita a onda para festejar com pratos à altura da ocasião. O SOL fez um périplo pelo que de melhor da China existe em Lisboa e no Porto e garantimos que esta viagem vai muito além do clássico “família feliz”.

The Old House

Apesar de não faltarem bonsais, lanternas vermelhas e potes de porcelana, não tem a decoração que se espera de um chinês tradicional, até porque aqui o tradicional não é prato principal. Em vez dos habituais crepes e arroz xau-xau, no Old House comem-se pratos tendencialmente picantes (apesar de ser opcional), típicos da região de Sichuan.

A Old House é uma das marcas de restauração mais conceituadas da China e, em Portugal, tem sede montada no parque das Nações. Aqui, pode seguir os métodos chineses e começar pelos pratos frios, seguir para os quentes e, mais tarde, para os acompanhamentos, ou pode simplesmente baralhar os vários pratos do menu. Sugerimos a sopa de kung fu, o pato à Pequim e o famoso peixe assado da casa que, além do estômago, é apresentado de forma a encher a vista.

Rua da Pimenta, 9, Parque das Nações, Lisboa

 

Dinastia Tang

Fica em Marvila, no bairro mais trendy de Lisboa. A vizinhança não abunda mas há quem faça esta peregrinação até à zona oriental de Lisboa para provar os pratos deste restaurante aberto desde 2014.

Serve cozinha tipicamente cantonesa com destaque para o tradicional dim sum. Mas há mais. A beringela com carne picada e a raiz de lótus com mel são alguns dos práticos que já se tornaram clássicos. Além disso, tem uma decoração pensada ao pormenor e que, desde o ano passado, passou a estar à venda. Assim, além de restaurante, o Dinastia Tang passou a loja de antiguidades, onde é possível comprar peças de prata, jarras de porceelana, quadros e bancos chineses.

Rua do Açúcar, 107, Marvila, Lisboa

 

Mr. Lu

Em 1997 foi considerado o segundo melhor cozinheiro da China. Em 2004 mudou-se para Portugal e atualmente tem dois restaurantes a servir comida chinesa que vai muito além do chop suey. Aqui há pernas de rã, corações de frango picantes, borrego com cominhos e peixe agridoce. Para apresentar estas iguarias, os ingredientes são comprados diariamente no mercado e nos supermercados chineses do Martim Moniz. Alguns, têm mesmo que ser importados.

Rua António Pedro, 95, Arroios, Lisboa

Rua António Pereira Carrilho, 18A, Arroios, Lisboa

 

Restaurante Chinês

Ser o primeiro em Portugal deu-lhe direito ao nome mais simples que um restaurante pode ter. Este chinês, no Porto, abriu quando o país ainda estava fechado a exotismos. “Perdi a conta às vezes que tive de dizer que o que vinha no prato não era cão”, contou ao i José Gouveia, o funcionário mais antigo da casa.

Os pratos são rápidos a chegar à mesa que facilmente fica cheia de dim sum, pato à Pequim e uma surpresa embrulhada em papel de alumínio José rasga aquilo que esconde um dos pratos mais antigos da casa e que, por nunca deixar de estar no top dos preferidos, se mantém como o eterno 143: carne de vaca na prata, que só tem espaço para melhorar quando se junta a um arroz de camarão e ananás.

Avenida Vimara Peres, 38, Batalha, Porto

 

Restaurante Amizade

Neste espaço, o poder medicinal dos alimentos não é esquecido. E, por isso, são seguidas as crenças mais tradicionais da gastronomia chinesa e que ditam regras como aquela que defende que um terço dos pratos feitos com carne devia ser verduras ou que, no preparo das sopas, a quantidade de água deveria totalizar sete décimos do volume da tigela.

Matemáticas à parte, no Restaurante Amizade há clássicos incontornáveis. Não falatam os crepes chineses, as soas miso ou ácida e picante, o chop soi de vaca ou o porco com ananás. E para não fugir aos clássicos, nem na hora da sobremesa, nada como uma grande bola de gelado frita.

Rua da Constituição, 334, Porto