Tecnológicas contra proibição de migrantes

Quase uma centena de empresas, a maioria da área da tecnologia, apresentaram um documento legal de oposição à política de emigração do presidente dos EUA.

O "amicus brief" – exposição a um tribunal apresentada por partes que não estão em litígio mas com interesse em determinada caso – foi apresentado no domingo à noite no tribunal de recurso do nono distrito, em São Francisco (Califórnia).

As empresas pedem que a medida seja anulada e enfatizam a importância da imigração na economia norte-americana.

“Os imigrantes são responsáveis por muitas das maiores descobertas da nação e criam algumas das empresas mais inovadoras e icónicas do país”, defendem as empresas, citadas pela agência Bloomberg.

A exposição apresentada por 97 empresas, entre as quais as gigantes da tecnologia Apple, a Google, a Microsoft ou o Facebook mas também a Levi Strauss (têxtil) ou a Chobani (laticínios), sustenta que o decreto de Trump é ilegal e prejudica a indústria, uma vez que dificulta a contratação trabalhadores estrangeiros com mais talento

As companhias defendem ainda que a ordem presidencial limita a inovação e é má para o desenvolvimento económico.

A ação empresarial chega depois de um juiz federal de Seatle ter pedido a suspensão da ordem executiva de Donald Trump que proíbe a entrada nos EUA de imigrantes de sete países.

No sábado à noite, a administração norte-americana recorreu da decisão do juiz de Seatle e apresentou um pedido ao tribunal de recurso para restaurar a proibição. O  pedido foi rejeitado.