Quem é Álvaro Novo, o novo secretário de Estado do Tesouro?

Economista cruzou-se com Mário Centeno no Banco de Portugal e é especialista na mesma área.

Álvaro Novo é o novo secretário de Estado do Tesouro, mas a verdade é que a importância que passa a ter na equipa das Finanças não é assim tão novidade quanto isso. Até porque falamos do economista que atualmente era economista-chefe do gabinete do ministro das Finanças, Mário Centeno.

Nasceu em 1972 em Estarreja e é economista do Banco de Portugal desde 2011, onde se cruzou com Mário Centeno, que tinha entrado no ano anterior. Doutorou-se, nos EUA, em 2000, em Economia pela universidade do Illinois, depois de se ter tornado mestre em Estatística Aplicada na Universidade do Illinois e ainda em Economia pela universidade Southern Illinois University, Carbondale.

Na verdade, o novo secretário de Estado do Tesouro tem mais em comum com Mário Centeno do que aquilo que se possa pensar à primeira vista. Tanto Álvaro como Centeno são especialistas em mercados de trabalho e já chegaram mesmo a escrever artigos em conjunto. Até porque trabalharam juntos no Departamento de Estudos.

Um dos trabalhos que publicaram em comum foi, em 2013, um ensaio da Fundação Francisco Manuel dos Santos, chamado “O trabalho, um visão de mercado”, que se baseava sobretudo numa análise sobre a segmentação no mercado de trabalho.

Já no gabinete do responsável pela pasta das Finanças, Mário Centeno, Álvaro Novo começou a trabalhar logo depois do atual governo tomar posse, em novembro de 2015. Aliás, se há coisa que os corredores do Ministério no Terreiro do Paço não são é novos e desconhecidos para Álvaro Novo. Desde cedo que o economista começou a acompanhar Mário Centeno e Mourinho Félix nas reuniões do Eurogrupo.

Mas nem só destes projetos é feito o dia a dia do novo secretário de estado. Além do trabalho no Banco de Portugal e no gabinete do ministro, Álvaro Novo é ainda professor associado-convidado do ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão – Universidade de Lisboa) e da Universidade Nova.

Com Álvaro Novo a assumir-se como novo secretário de Estasdo do Tesouro, a equipa passa a contar com Mário Centeno e cinco secretários de Estado. Ou seja, o governo passa assim, através do Ministério das Finanças, a contar com mais um elemento.

Até aqui, o setor empresarial e o património público eram responsabilidade de Ricardo Mourinho Félix, que passa agora a ser secretário de estado Adjunto e das Finanças e não secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças, como era até aqui. No entanto, continua a ter a tutela da Caixa Geral de Depósitos e ainda do IGCP, o instituto responsável pela gestão da dívida pública.