Biotecnológicas contra política de emigração

Os responsáveis de dezenas de empresas de biotecnologia criticam a ordem executiva de Donald Trump que proíbe a entrada nos EUA de imigrantes de sete países alegando que o setor poderá perder trabalhadores talentosos e o seu domínio global.

Numa carta aberta publicada na publicação científica “Natural Biotechnology”, os responsáveis escreveram que a maioria das novas terapêuticas e curas são desenvolvidas nos EUA devido à capacidade do país “atrair o melhor talento, onde quer que ele esteja”.

Na carta, citada pela agência AFP, lê-se que “de uma assentada a nova administração comprometeu anos de investimento neste tesouro nacional”.  

De acordo com a missiva, a indústria de biotecnologia norte-americana depende de investigadores, clínicos, empreendedores e empresários de todo o mundo. “Descobrem e desenvolvem terapias que fomentam a inovação biomédica e fornecem novos medicamentos aos doentes, não só nos EUA mas em todo o mundo”.

A carta revela um estudo de 2014 em que 52% dos 60 mil investigadores biomédicos nos EUA são estrangeiros. 

O documento tem a assinatura de 166 fundadores e líderes de empresas farmacêuticas e de biotecnologia, bem como de centros de investigação e universidades.