O PS já reagiu à demissão do presidente da comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos. O líder parlamentar do PS, Carlos César, defendeu que “o senhor deputado Matos Correia, aparentemente, ou se enganou na comissão a que presidia ou pretende presidir a outra comissão”
César considerou que esta comissão de inquérito “destinava-se a proceder a uma indagação das situações que levaram á necessidade de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e aos actos praticados nesse sentido”.
Para o líder parlamentar dos socialistas “não está no âmbito desta comissão outras diligências sobre outras matérias”.
O social-democrata José Matos Correia apresentou, ao início da tarde, a demissão da presidência da comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos. O deputado do PSD alegou que não pode “pactuar com atitudes que violam a lei” e “são um atropelo à democracia”.
Matos Correia manifestou-se contra a tentativa, da parte do PS e dos partidos que suportam o governo, de “limitar o objecto da comissão”. O social-democrata considerou mesmo que episódios como este colocam em risco o futuro das comissões parlamentares de inquérito, porque “a sua utilidade está posta em causa”.
A polémica no seio da comissão de inquérito à gestão e recapitalização da Caixa Geral de Depósitos deve-se sobretudo à resistência do PS em permitir o acesso à correspondência trocada entre Mário Centeno e António Domingues.
