César critica Cavaco. “Oscila entre o arrogo biográfico e a delação intriguista”

Presidente do PS escreve que livro do ex-chefe de Estado é um ajuste de contas

O presidente do PS, Carlos César, critica o livro de Cavaco Silva sobre os tempos que passou em Belém e considera tratar-se de um ajuste de contas baseado no “rancor”.

O ex-presidente da República lançou, na quinta-feira, o livro “Quinta-feira e outros dias” em que faz duras críticas ao governo socialista liderado por José Sócrates.

Carlos César, num texto publicado na sua página de Facebook, afirma que “o livro do antigo Presidente Cavaco Silva oscila entre o arrogo biográfico e a delação intriguista. E, como em todas os ajustes que se baseiam no rancor, a razão é toldada, a memória é traída e os factos são subvertidos”.

César escreve, em relação à polémica sobre o Estatuto Político Administrativo dos Açores, que teve “muita honra em lutar” pelo que entendeu que era melhor para a região. “De Autonomia dos Açores o Presidente Cavaco Silva nunca entenderá. Fará sempre parte do lado de lá de um muro que tanto se esforçou por construir.

Cavaco Silva escreve, no seu livro, que “ficou claro que os interesses partidários têm muita força. A chantagem do presidente do governo regional sobrepôs-se à vontade declarada do próprio primeiro-ministro e líder do partido de ir ao encontro do superior interesse nacional”.